DECOLONIALITY IN THE ENGLISH LANGUAGE TEACHING-LEARNING PROCESS IN PUBLIC SCHOOLS: REFLECTIONS, ACTIONS AND REPERCUSSIONS
English language teaching, public school, decoloniality, living well, neoliberalism, criticality
Atuando como professor da Educação Básica, em um município do agreste Alagoano, procuro (re)pensar meu papel como professor e estar em constante processo de reflexão sobre minha prática pedagógica, tal como propõe Freire ([1996]2002), e observando o contexto sócio-político-histórico atual, percebo que a educação tem virado palco de muitos debates, seja entre grupos de esquerda ou de direita. O debate sobre a importância da abordagem de gênero e sexualidade nas escolas regulares fez com que grupos de extrema direita acreditassem na doutrinação político-ideológica e que professores/as estariam instaurando uma ditadura gayzista/feminista nas escolas. Todavia, esta é uma compreensão equivocada sobre os estudos de gênero (SANTOS FILHO, 2015). Esta aversão ao vocábulo gênero, fez com que grupos de pais, religiosos, políticos e apoiadores do movimento Escola sem Partido alimentassem uma histeria sobre o nosso contexto educacional, apontando os baixos índices em avaliações externas, nível de proficiência em Língua Inglesa (doravante LI) e a falta da educação financeiras nas escolas, esta, inclusive, homologada pela Base Nacional Comum Curricular. Estes debates colocam a escola como conteudista e com o papel atender às demandas do mercado, preparando o/a aluno/a para o mercado de trabalho, dando ênfase na competição como caminho para melhores resultados (BERNSTEIN, HELLMICH, KATZNELSON, SHIN, & VINALL, 2015) e ignorando que dentro dela circulam diferentes identidades com diferentes modos de ser/viver/sentir. Além disso, propaga metodologias de países hegemônicos, desconsiderando as alteridades presentes nas escolas brasileiras. Com este contexto, minha tese de doutorado tem por objetivo refletir sobre a implementação de uma pedagogia decolonial em aulas de Inglês no Ensino Fundamental de uma escola pública no agreste alagoano. A pesquisa proposta acontece em uma escola pública de Craíbas-AL com coleta de narrativas, questionários e diários reflexivos durante as aulas de LI. Observo como minhas/meus alunas/alunos se posicionam diante da abordagens de temas sociais e proponho ações de conscientização e de respeito para com diferentes modos de ser/viver/sentir. Por fim, proponho reflexões sobre o processo ensino-aprendizagem da LI nas escolas públicas destacando que debates sobre racismo, LGBTQIA+fobia, intolerância religiosa e o respeito pelo meio ambiente, atreladas com o ensino de LI podem contribuir para uma educação crítico-cidadã para o bem viver.