RENDIMENTOS AGROINDUSTRIAIS DE DIFERENTES PERFIS DE CANA, SOB AS CONDIÇÕES AGROMETEOROLÓGICAS DA ZONA DA MATA ALAGOANA
Palavas chave: Fibra; ATR; evapotranspiração
A produtividade da cana-de-açúcar em Alagoas, assim como na região Nordeste do Brasil, apesar do alto nível tecnológico utilizado, ainda é baixa e o principal motivo é a irregularidade da chuva no decorrer dos anos agrícola que normalmente tem deficiências hídricas. Uma das soluções para mitigar os efeitos dessas deficiências é o uso da irrigação que pode aumentar em mais de 60 % a produtividade de colmos. Mas essa tecnologia é onerosa e quando acontece secas severas falta água para irrigar a maior parte dos canaviais. Por isso, outra alternativa é a busca por variedades adaptadas a ambientes restritivos, com ocorrências de déficits hídricos (secas) e com infestações de pragas e doenças que comprometem a qualidade da cana-de-açúcar e a quantidade produzida por unidade de área. Por outro lado, há também uma busca por outros perfis de cana-de-açúcar, como a cana-energia, para atender às demandas de biomassa para geração de eletricidade e etanol de segunda geração. Então, com o objetivo de avaliar os rendimentos agroindustriais de genótipos de cana RB, com diferentes perfis agronômicos (cana-de-açúcar tradicional, cana-energia e cana-de-açúcar tolerante à seca), em quatro ciclos de colheitas, foi implantado um experimento com seis genótipos de cana, agrupados em três perfis: I - cana-de-açúcar tradicionais (RB92579 e RB951541); II - cana-de-açúcar tolerantes à seca (RB0442 e RB0459) e; III - cana-energia (RB11999 e RB13403), no período de novembro de 2016 a fevereiro de 2021, em uma área de aproximadamente 0,50 hectares, no Campus de Engenharias e Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas, Rio Largo, Alagoas. Nos quatro ciclos de colheitas as produtividades médias dos genótipos foram: RB13403 (103,6 t ha-1), RB0459 (95,2 t ha-1), RB11999 (90,8 t ha-1), RB0442 (88,3 t ha-1), RB92579 (73,5 t ha-1) e RB951541(72,4 t ha-1).