Síntese e caracterização de material adsorvente proveniente do resíduo lignocelulósico da produção de etanol de segunda geração e seu uso na minimização das etapas da produção do açúcar
material lignocelulósico; carvão ativado; clarificação.
A cana-de-açúcar é uma importante matéria-prima para a cadeia produtiva do açúcar, etanol de primeira e segunda geração, como também para a bioenergia. O caldo proveniente desta cana é um material complexo, levando a um aumento no custo do processo do açúcar branco tipo cristal. Dentre os parâmetros de controle de processo, a cor se destaca como o mais importante devido à dificuldade de sua remoção, pois existem compostos precursores de cor. Nas usinas brasileiras a sulfitação é a técnica amplamente utilizada para redução de cor durante a fabricação de açúcar branco tipo cristal, embora tenha muitas limitações, como resíduos de enxofre no açúcar. Desta forma, existem barreiras à comercialização do açúcar branco tipo cristal brasileiro. O objetivo geral deste estudo é a utilização do resíduo lignocelulósico proveniente da produção de etanol de segunda geração que utiliza a palha da cana como biomassa, para a produção de carvão ativado para clarificação do caldo da cana. Assim, propõe-se a obtenção de material adsorvente para minimização das etapas de obtenção da produção do açúcar. Inicialmente preparou-se biocarvão seguido de ativação variando pressão, temperatura, razão (biocarvão/agente ativante) e tempo de ativação. Foram realizados estudos de aplicação do carvão ativado e caracterizados por % de adsorção. Em todas as aplicações estudadas houve a clarificação do caldo. A maior % aconteceu na ativação C com pressão (50 Kpa); temperatura (400 ºC); razão (1:1) e tempo (3 h) com 21,67% de adsorção.