Banca de QUALIFICAÇÃO: CARMEM LÚCIA DE ARROXELAS SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CARMEM LÚCIA DE ARROXELAS SILVA
DATA : 09/02/2024
HORA: 09:00
LOCAL: ICBS, Sala 19
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO EFEITO DO EXCIPIENTE FARMACÊUTICO SOLUTOL® HS 15 EM MODELO ANIMAL DE EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL MESIAL


PALAVRAS-CHAVES:

epilepsia, solutol, neuroproteção, anticonvulsivante.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

Introdução: A epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por uma predisposição crônica do cérebro em gerar crises epilépticas recorrentes e espontâneas (CREs). A Epilepsia do Lobo Temporal Mesial (ELTM) é a forma mais comum em adultos e muitas vezes é resistente aos tratamentos disponíveis. Por isso, é urgente encontrar novas opções terapêuticas. Estudos anteriores do nosso grupo de pesquisa mostraram que o Solutol® HS 15 (SOL), um excipiente farmacêutico usado para carregar medicamentos, pode ter efeitos anticonvulsivantes e antiepileptogênicos. Neste estudo, investigamos essa possibilidade usando um modelo animal de Status Epilepticus induzido por pilocarpina. Objetivo: Avaliar se o SOL afeta o Status Epilepticus (SE) e a fase crônica da epileptogênese. Metodologia: Para analisar a fase aguda da epileptogênese, ratos machos da linhagem Wistar foram pré-tratados com SOL (grupos experimentais) ou solução salina (SAL) (grupos de controle) por administração intrahipocampal (I.H.) ou intraperitoneal (I.P.), e depois submetidos a 90 minutos de SE. Foram eutanasiados 24 horas após a reversão do SE para as análises histológicas e moleculares. Na fase crônica, animais epilépticos receberam tratamento com SOL ou SAL por via intraperitoneal durante 15 dias. Todos os animais foram monitorados por vídeo durante SE, latência e fase crônica, e suas crises foram avaliadas usando a escala de Racine. A neurodegeneração hipocampal total e em suas sub-regiões (Corno de Ammon: CA1 e CA3; e Hilo) foi avaliada com Fluoro-Jade. A expressão de transcritos associados à epileptogênese foi medida por RT-qPCR. A análise estatística foi realizada com o programa GraphPad, Prism 9.0. Resultados: O pré-tratamento com SOL reduziu o número total de crises durante o SE em 29,94% (via I.H.) e 33,93% (via I.P.). Também reduziu a neurodegeneração hipocampal em 25,02% a 43,43% em todos os modelos testados. Além disso, animais pré-tratados com SOL apresentaram aumento da expressão de BDNF (via I.H.) e diminuição da expressão de GFAP (via I.P.), indicando efeito neuroprotetor. Na fase crônica, o tratamento com SOL teve efeito anticonvulsivante em 70% dos animais. Conclusão: O estudo mostra que o SOL tem efeitos anticonvulsivantes durante o SE e na fase crônica da epileptogênese, além de reduzir a neurodegeneração hipocampal e alterar a expressão de BDNF e GFAP. Esses achados são promissores para o potencial papel do SOL no tratamento da epilepsia, porém mais estudos são necessários para entender melhor esses mecanismos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2579081 - DANIEL LEITE GOES GITAI
Interno(a) - 2033893 - MARCELO DUZZIONI
Externo(a) ao Programa - 3509820 - MARIA ALINE BARROS FIDELIS DE MOURA - UFAL
Notícia cadastrada em: 31/01/2024 14:14
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