INFLUÊNCIA DAS SUBSTÂNCIAS HÚMICAS AQUÁTICAS PARA BIODISPONIBILIDADE DE METAIS PONTECIALMENTE TÓXICOS EM SURURU (MYTELLA FALCATA) PRESENTES NO COMPLEXO ESTUÁRINO LAGUNAR MUNDAÚ – MANGUABA
O complexo estuarino lagunar Mundaú-Manguaba é considerado o ecossistema de maior importância para o estado de Alagoas. Esta região destaca-se por diversos fatores, como: extensão de suas lagunas, proximidade da capital do Estado (Maceió), número de pessoas envolvidas em atividades de pesca, problemas ambientais, sociais e sua produtividade. Os estuários são as regiões mais férteis do mundo, diante de sua produtividade várias espécies de organismos se desenvolvem nesses ecossistemas como o molusco bivalve da família Mytilidade, popularmente conhecido como Sururu. Os moluscos bivalves são amostradores biológicos e bioacumuladores de matéria ou substâncias existentes na água e a ingestão do mesmo pode representar um risco potencial para quem dele se alimenta devido à possibilidade de haver metais pesados nas águas de captura. Alguns metais, como mercúrio, chumbo e cádmio, não possuem nenhuma função dentro dos organismos e sua acumulação pode provocar graves doenças, sobretudo nos mamíferos. A contaminação por chumbo e cádmio pode provocar distúrbios relacionados à saúde, incluindo problemas nos rins, fígados, sistema vascular, aumento da pressão arterial e desordens metabólicas. As SHA influenciam na toxicidade de alguns metais, formando complexos com diferentes labilidades relativas, o que pode reduzir ou não a biodisponibilidade de contaminantes para organismos aquáticos e solos. De acordo com o que foi exposto, o objetivo deste trabalho é avaliar a interação entre SHA e metais potencialmente tóxicos na ausência e presença do molusco bivalve sururu (Mytella falcata) disposto no complexo estuarino lagunar Mundaú-Manguaba.
Substâncias húmicas aquáticas; Complexação; Metais tóxicos; Sururu