APLICAÇÃO FOLIAR DE 24-EPIBRASSINOLÍDEO NA ATENUAÇÃO DO ESTRESSE HÍDRICO EM PLANTAS DE SOJA NAS FASES DE FLORAÇÃO E ENCHIMENTO DOS GRÃOS
Glycine max. Seca. Brassinosteróides. Fotossistema II. Clorofilas.
A soja é uma das culturas mais importantes para o agronegócio mundial, responsável pela produção de grãos, farelo e óleo de soja, bem como na indústria de cosméticos. A seca é um dos fatores mais limitantes à produtividade dessa cultura. Com a finalidade de diminuir os efeitos negativos do estresse hídrico, a aplicação foliar de 24-epibrassinolídeo (EBL) tem sido utilizada em diversas culturas, no entanto, estudos ainda são escassos em sojicultura nas fases de floração e enchimento do grão. Diante disso, esse trabalho tem como objetivo avaliar a eficiência do (EBL) sobre o crescimento e mecanismos fisiológicos em soja nas fases de floração e enchimento do grão sob deficiência hídrica e reidratação. Os experimentos foram desenvolvidos em casa de vegetação utilizando-se a cultivar IMA 84114RR. O delineamento experimental utilizado em ambos os experimentos foi em blocos inteiramente casualizados, em esquema fatorial 2x2 (Regimes hídricos x Aplicação com EBL) com sete repetições. Os regimes hídricos, plantas irrigadas e sob estresse hídrico seguido de reidratação, foram impostos quando, no experimento I, as plantas de soja estavam na fase de floração e após pré-tratamento com EBL, enquanto que no experimento II, as plantas estavam na fase de enchimento de grãos. Na fase de floração, o EBL promoveu melhor recuperação na altura da planta, número de folhas e diâmetro do caule em relação às plantas sem EBL, não foi observado efeito do EBL para área foliar. O EBL contribuiu com a maior produção de massa seca foliar e do caule das plantas, porém o EBL não melhorou a produtividade da soja. Em plantas irrigadas, o EBL promoveu melhores processos metabólicos como trocas gasosas, eficiência fotossíntese e síntese de clorofila. As plantas tratadas com EBL sob deficiência hídrica apresentaram redução da condutância estomática e fotossíntese semelhantes às sem EBL. As plantas com EBL apresentaram aumento na transpiração e concentração interna de CO2 sob estresse hídrico. A eficiência quântica máxima do fotossistema II (Fv/Fm) não alterou em plantas com e sem EBL independente do estresse. No tocante à fase de enchimento do grão, a aplicação foliar do EBL em soja não atenuou as trocas gasosas das plantas estressadas, no entanto, melhorou na recuperação pós o estresse. Além disso, o EBL atenuou os danos causados pelo déficit hídrico sobre TRA e a (ΦPSII), o que contribuiu com maior massa seca das plantas, número de vagens e de grãos, bem como o tamanho dos grãos.