PRODUÇÃO DE NANOCELULOSE A PARTIR DE MACROALGA MARINHA DO LITORAL ALAGOANO VIA ROTA ÁCIDA
ácido sulfúrico, nanocompostos, biomassa algal
A busca por novos materiais não agressivos ao meio ambiente e com origem renovável com o objetivo de desenvolver processos mais sustentáveis sem que ocorra perda de desempenho e/ou qualidade é crescente nos últimos anos. O mercado está sempre buscando a obtenção de produtos que tem como origem a celulose, por ser um dos materiais mais promissores e abundantes na terra. Um dos bioprodutos de alto valor agregado possível de ser obtido a partir da celulose são os nanocristais de celulose (NCC) um dos produtos que tem sido investigado em decorrência de propriedades como boas propriedades óticas e mecânicas, estabilidade dimensional, elevada cristalinidade e área superficial específica, além de benefícios ambientais. A celulose nanoestrutrada pode ser obtida de diversas fontes, entre elas, fibras vegetais, resíduos agroindustriais e também as algas marinhas que possuem a vantagem de apresentar menores teores de lignina, quando comparado as plantas superiores. Porém, para que o processo de extração NCC seja de qualidade, com rendimento elevado e com menores custos é necessário ter um bom entendimento sobre os parâmetros que influenciam este processo. Neste trabalho, os nanocristais de celulose foram obtidos a partir da macroalga Sargassum sp. via hidrólise ácida, avaliando as propriedades físicas e térmicas dos produtos da clivagem e do material precursor. Inicialmente, foi realizado pré-tratamento químico da biomassa com remoção dos extrativos, seguido de mercerização com hidróxido de sódio, logo após foi realizado o tratamento com peróxido de hidrogênio, para remoção de impurezas, lignina e hemiceluse. Em seguida a biomassa foi submetida à hidrólise ácida com ácido sulfúrico 64% por 45min em duas condições de temperatura (45°C e 60°C) para obtenção do NCC. O material resultante de cada um dos procedimentos foi centrifugado e dialisado em água para remoção do excesso de ácido. A biomassa in natura, tratada e hidrolisada foi caracterizada pelas técnicas de termogravimetria (TGA), difração de raio-X (DR-X) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Nas próximas etapas serão estudadas duas outras espécies de macroalgas, Padina sp. e Ulva sp., e a influencia do tempo de hidólise de 45 min e 90 min.