A MIXOFILIA NA ARQUITETURA: Habitações compartilhadas em edificações carcerárias
Arquitetura. Prisão. Mixofobia. Mixofilia.
O sistema penitenciário tem mudado com o passar dos tempos, onde a punição passou a ter seu foco na alma, e não mais o corpo do indivíduo. As instituições totais, no geral, parecem querer docilizar os presos à sua maneira, impondo regras, horários, e mais uma série de burocracias por seus dispositivos normalizadores – que parece refletir na era digital. Entretanto, a prisão funciona de maneira diferente da que é imposta, seja a partir de acordos com os companheiros reclusos, seja com a própria instituição, ou por intervenções arquitetônicas, onde há sempre presente a questão da autonomia.
O projeto de pesquisa encaminha-se através dessa linha e a partir, também, dos sentimentos e acordos mixofílicos (de prazer de se lidar com o estranho) e mixofóbicos (reação negativa com o contato com o estranho) O estudo navega pela arquitetura, sociologia, antropologia e psicologia, ao estudar comportamentos do indivíduo preso para com a instituição e vice-versa. Compreender como se dão estas relações constantes, entender como elas podem ser presentes na sociedade atual, através da multidisciplinaridade de estudos, tornou-se o foco deste projeto.