O QUE O TAMANHO DO GENOMA PODE ESCLARECER SOBRE A DIVERSIFICAÇÃO EVOLUTIVA EM POMACENTRIDAE DE RECIFES DE CORAIS?
O tamanho do genoma é conhecido por variar amplamente entre os eucariotos. No entanto, os impulsionadores evolutivos que moldam essa variação são basicamente desconhecidos. Entre os peixes, a família Pomacentridae tem se diversificado por irradiação adaptativa, principalmente no ambiente intricado de recifes de corais, embora alguns de seus representantes conseguem adentrar em ambientes estuarinos e de água doce. Informações sobre o tamanho do genoma (GS) tem sido disponibilizado para várias espécies de pomacentrideos, que representam os principais clados, o que nos permite testar se essa variante genética foi determinante na diversificação do grupo. Por meio de métodos filogenéticos comparativos avaliamos qual a relação entre GS e os traços de história de vida na família Pomacentridae. Encontramos uma forte associação entre GS com amplitude de temperatura e salinidade, isto é, genomas maiores tendem a possuir uma maior amplitude de nicho. Porém, não encontramos sinal filogenético entre as espécies avaliadas, o que sugerimos que a variação do GS evolui de forma rápida e independente. Nossos dados revelam o poder adaptativo do GS em moldar a história de vida das espécies de pomacentridae independente da sua trajetória evolutiva.
Peixes Recifais, Pocamcentridae, Nicho Ecologico, Genética Animal, Metodos Filogenéticos Comparativos