FILMES PRODUZIDOS COM NANOCELULOSE E SUBSTÂNCIAS HÚMICAS: PERSPECTIVAS DE APLICAÇÃO NA REMEDIAÇÃO AMBIENTAL |
Nanocelulose; Substâncias húmicas; Cádmio; Chumbo; Filmes biodegradáveis.
A Bacia do Rio Mundaú está passando por um acelerado processo de degradação ambiental devido à deterioração das ações humanas como: descarte de esgoto doméstico; coleta e disposição inadequada de resíduos sólidos; assoreamento; inundações; lançamento de efluentes industriais não tratados; exploração indiscriminada de recursos naturais; baixa participação na gestão de bacias hidrográficas, ocupação desordenada e urbanização não consolidada de áreas de risco e práticas agrícolas e pesqueiras inadequadas. Essas ações têm comprometido a saúde pública por doenças de veiculação hídrica e o turismo para os principais atrativos da região. A pesca tem consequências socioeconômicas, como a redução das oportunidades de emprego no Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM) e prejudica o desenvolvimento local sustentável e seu entorno. A celulose responde isoladamente por aproximadamente 40% de toda reserva de carbono disponível na biosfera. Está presente em todas as plantas, desde árvores altamente desenvolvidas até o mais primitivo dos organismos; seu conteúdo nestas espécies pode variar entre 20 e 99%. A nanocelulose representa um novo conjunto de nanomateriais, que apresenta uma ampla gama de aplicações tecnológicas nos mais variados contextos científicos. Características desejáveis como rigidez, baixo peso, hidrofilicidade, biocompatibilidade e propriedades ópticas favorecem a utilização desse material em aplicações inovadoras. Os filmes biodegradáveis serão preparados segundo a técnica de casting, que consiste no preparo de uma solução filmogênica, utilizando água destilada como solvente. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo de estudo desenvolver, caracterizar e avaliar a aplicação de filmes produzidos a partir de nanocelulose e diferentes concentrações de substâncias húmicas na remediação de águas contaminadas com metais potencialmente tóxicos presentes no complexo estuarino lagunar Mundaú - Manguaba, e propor estratégias para minimizar os impactos gerados no ambiente, com a utilização de materiais adsorventes ecologicamente corretos de baixo custo e ambientalmente favoráveis.