ENSAIOS SOBRE A EDUCAÇÃO EM ALAGOAS: UMA ANÁLISE SOBRE DESIGUALDADES DE OPORTUNIDADES EDUCACIONAIS E O ABANDONO ESCOLAR
Abandono escolar, Reprovação escolar, Desigualdade de oportunidade educacional; Desempenho escolar.
Esta dissertação é composta por dois ensaios em economia da educação que buscam contribuir com novas evidências sobre o abandono escolar e a desigualdade de oportunidades educacionais para o estado de Alagoas. O primeiro ensaio analisa os determinantes do abandono escolar no referido estado, para os alunos do ensino fundamental e médio. Neste sentido, foram utilizados dados do Censo Escolar referentes à situação do aluno não disponíveis à consulta pública, no qual foram obtidos por meio da solicitação ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) para o ano de 2019, e para a estratégia empírica o Modelo Logístico Multínivel foi o escolhido. Os resultados mostraram que fatores como as características dos alunos, das turmas e escolas o qual estão inseridos, além da região onde estudam são determinantes a decisão dos alunos abandonarem a escola. Mostrando uma relevância maior no ensino médio as variáveis que se destacaram para a chance de abandono foram a idade, a raça, a série, o turno, o tipo de escola e o local onde estudam. Por fim, o segundo ensaio analisa como as variáveis de background familiar explicam o desempenho e a desigualdade de oportunidade educacional para os alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental das escolas públicas do estado de Alagoas. Para isso foram utilizados dados do Censo Escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) do ano de 2019 e aplicados o índice de desigualdade de oportunidades (IOP) de Ferreira e Gignoux (2014). Os resultados obtidos apontam para um melhor desempenho em matemática do que em português, principalmente para os alunos do 5º ano. Verificou-se também a relevância do conjunto de circunstâncias da infância para determinar a desigualdade de oportunidade no estado, dando destaque para a reprovação dos alunos, entretanto salienta-se a participação de outros grupos para definição dessa desigualdade, como a relação entre pais e filhos, os hábitos culturais e as características da escola.