COMO É DIFÍCIL NÃO TER 18 ANOS E GUARDAR A SEMENTE DA ESPERANÇA: A VIA SACRA DA MEMÓRIA COLETIVA DO MOVIMENTO ESTUDANTIL ALAGOANO.
Apresento ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), meu texto de Qualificação da dissertação de mestrado, desenvolvida na linha Etnicidade, corpo e política. Quem me orienta é o Prof. Dr. João Bittencourt. Este trabalho busca reconstruir a memória coletiva do Movimento Estudantil na UFAL, através das narrativas sobre a militância. Isto dito de outra forma, significa que meus interlocutores são ex militantes, e que busco reconstruir a memória coletiva do movimento estudantil pela fala de quem foi militante, de quem vivenciou essas memórias e lembranças. Esta busca se dá em razão de entender importância da singularidade de cada um dos percursos individuais dos militantes e sua inscrição em um sentido social da experiência, a despeito de uma visão homogeneizadora de um corpo uno, formado por um conjunto geralmente referido como “os militantes”, como se todos fossem iguais em suas preferências, trajetórias e histórias. Por este motivo, evoco como fonte primária a própria militância e suas memórias e não os discursos institucionalizados. Desta forma, o escopo da minha pesquisa é discutir as categorias analíticas memória e geração, a partir da análise de práticas e crenças políticas, representações/referências, lembranças e afetos dos meus interlocutores. Utilizo uma metodologia de entrevistas em profundidade, nas quais encontro o mesmo interlocutor mais de uma vez, em diferentes situações. Além das entrevistas semiestruturadas, lanço mão da metodologia de história oral, como uma ferramenta de produção de conhecimento histórico.
Movimento estudantil; Memória; Geração.