O TRONCO E AS PONTAS DE RAMA: A FORMAÇÃO DE TERRITÓRIOS INDÍGENAS NO SERTÃO DE ALAGOAS
Etnologia indígena – Alagoas – Sertão - Território
Este trabalho analisa a produção bibliográfica sobre as populações indígenas no Sertão de Alagoas, Nordeste do Brasil. A partir da seleção, leitura e análise de artigos, livros, dissertações e teses, esta pesquisa pretende compreender o modo como aquelas populações indígenas se apropriaram e organizaram seus territórios no Sertão. No final do século XIX, diversas famílias e grupos de índios Pankararu, fugindo da violência e dos conflitos de terras, saíram do Sertão de Pernambuco em busca de novos assentamentos no Sertão de Alagoas. Estes movimentos migratórios prosseguiram e se intensificaram ao longo do século XX e perduram ainda hoje. Estes deslocamentos espaciais deram origem a diversos assentamentos e seis etnias indígenas: Jeripankó, Karuazu, Katokinn, Kalankó, Koiupanká e, mais recentemente, Pankararu de Delmiro Gouveia. Apesar de se constituírem como grupos autônomos, eles mantêm fortes laços sociais com os Pankararu, a quem se referem como parentes. A pesquisa bibliográfica, portanto, visa reconstituir a história destes deslocamentos espaciais e a constituição de novos territórios indígenas no Sertão alagoano.