RAÍZES QUE DERAM FRUTOS: A RAMA LEGIONIRÊ E SEU FENÔMENO DE EXPANSÃO EM MACEIÓ
Religiões afro-alagoanas; territorialização; raiz e rama religiosa; Ilê Axé Legionirê; Quebra de Xangô.
Tanto a memória quanto os processos de territorialização das religiões afro-alagoanas são até hoje marcados pelas profundas repercussões do episódio do Quebra de Xangô de 1912. Nesse cenário, o terreiro de candomblé Ilê Axé Legionirê vem realizando nas últimas décadas um movimento de expansão territorial e numérica. Este terreiro foi
inaugurado na década de 1980 e em 1996 se fixou no Benedito Bentes, bairro situado na periferia da parte alta de Maceió. Desde então o Legionirê vem se expandindo por meio das casas descendentes do terreiro “raiz”, que atualmente são cerca de 28, constituindo uma ideia de “rama religiosa”. Tendo isto em vista, este trabalho pretende discutir as dinâmicas de territorialização desses terreiros descendentes e seus processos ritualísticos, pensar na construção e reconstrução da memória desses grupos, e discutir as noções de “raiz” e “rama” no contexto das religiões afro-alagoanas.