Banca de QUALIFICAÇÃO: ANNE CAROLINE DE JESUS OLIVEIRA



Uma banca de QUALIFICAÇÃO DE MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: ANNE CAROLINE DE JESUS OLIVEIRA
DATA: 12/01/2021
HORA: 14:30
LOCAL: Plataforma online (Google Meet)
TÍTULO:

AVALIAÇÃO TERMOGRÁFICA DE GLÂNDULAS MAMÁRIAS DE VACAS CRIADAS EM SISTEMA SEMI-INTENSIVO, NO
SEMIÁRIDO DE ALAGOAS, BRASIL, PARA DIAGNÓSTICO DE MASTITE SUBCLÍNICA.


RESUMO:

Vários fatores podem afetar a produção leiteira, porém um fator negativo e de grande importância são as infecções da glândula mamária, conhecidas como mastite, podendo se apresentar na forma clínica ou subclínica. O controle da mastite subclínica nos rebanhos ainda é um grande desafio, uma vez que, diferente da forma clínica, não apresenta alterações macroscópicas na glândula nem no leite, podendo permanecer silenciosa no rebanho, por longo período de tempo. Sua detecção ocorre apenas pela elevação da contagem de células somáticas (CCS), que corresponde ao conjunto de células de descamação do epitélio glandular mais os leucócitos liberados pelo sistema imune, em resposta às infecções intramamárias. Além de elevar a CCS no leite, a MS reduz a atividade sintética da glândula mamária e altera a composição do leite, gerando grandes prejuízos à pecuária leiteira. A termografia infravermelha é capaz de identificar, através da superfície da pele, áreas com alterações de temperatura, detectando e acompanhando inúmeras patologias e alterações fisiológicas, identificando infecções e inflamações, em muitos casos ainda no início da doença, quando ainda não há o aparecimento dos sinais clínicos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a utilização da termografia infravermelha como método indireto de diagnóstico da mastite subclínica em vacas leiteiras mestiças Holandês-Gir. Para tanto, realizaram-se o California Mastitis Test (teste CMT), exames bacteriológicos, a contagem de células somáticas (CCS) e as imagens termográficas dos quartos mamários de vacas Holandês-Gir, criadas em regime semi-intensivo, em uma propriedade localizada no município de Olho D’água das Flores, região semiárida do Estado de Alagoas. 75,42% (181/240) das amostras de leite por quarto mamário foram positivas para a mastite subclínica pelo teste CMT e 56% (215/384), de acordo com o resultado do exame bacteriológico. Os principais agentes etiológicos isolados foram Staphylococcus sp. (61,7%), Streptococcus sp. (14,8%) e Enterobacteriaceae (12,6%). De acordo com a CCS, 69% (331/480) das amostras de leite por quarto mamário foram positivas para a mastite subclínica (CCS > 200.000 cél./mL). Dessas, 25,6% apresentou contagem até 500.000 cél/mL e 43,4% ultrapassou esse valor, que é o limite máximo estabelecido pela legislação brasileira que regulamenta a produção, a identidade, a qualidade, a coleta e o transporte do leite no país. De modo geral, os parâmetros termográficos apresentaram relação com a contagem de células somáticas (p<0,05), porém os valores de correlação foram muito baixos ou desprezíveis. As médias dos parâmetros termográficos não diferiram entre os quartos mamários sadios e com MS (p>0,05). Também não houve diferença (p>0,05) entre os parâmetros termográficos e o número de microrganismos isolados (0, 1 e 2). A termografia infravermelha não é eficiente para diagnosticar a mastite subclínica em vacas leiteiras mestiças Holandês-Gir.


PALAVRAS-CHAVE:

células somáticas, infecções intramamárias, termograma.


PÁGINAS: 30
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária

MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) à Instituição - ARIANE LOUDEMILA SILVA DE ALBUQUERQUE - UNEAL
Presidente - 1817930 - CHIARA RODRIGUES DE AMORIM LOPES
Interno(a) - 1640263 - KARLA PATRICA CHAVES DA SILVA
Notícia cadastrada em: 31/12/2020 18:10
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