RECONHECENDO EVENTOS HIDROLÓGICOS: INDISSOCIANDO MAGNITUDE
EXTREMA, DURAÇÃO E PERÍODO DE OCORRÊNCIA NA ANÁLISE DE FREQUÊNCIA
(RARIDADE)
Cópulas, Indicadores de alterações hidrológicas, Análise de frequência multivariada,
Análise de valores extremos.
Com a necessidade de se analisar os aspectos de eventos com métodos que apresentam menores
incertezas. Este trabalho tem como objetivo propor uma nova abordagem com o intuito de
diminuir as incertezas nas análises de eventos hidrológicos considerando as diferentes variáveis
de um evento como interdependentes, assim, obtendo mais informações sobre os eventos. O
estudo foi aplicado na bacia do Rio São Francisco, o rio da integração nacional sofre com
diferentes ações antrópicas, a partir da estação de Xingó com os dados de vazões observados
fornecido pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF)/SAR da ANA, e as naturais
reconstituída pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os dados são disponíveis
no período de 1976-2018 para os dados observados e 1931-2018 para os dados naturais. As
análises de eventos consideram usualmente uma variável, magnitude máximas ou mínimas
por ano. Atualmente o uso de funções cópulas vem aumentando em analise multivariada de
eventos hidrológicos, pois, é sabido a necessidade de considerar mais informações sobre os
eventos. No Indicadores de Alterações Hidrológicas (IHA), método para obter informações
sobre alteração de um regime por ações antrópicas, são analisadas as frequências dos aspectos
(agregação de variáveis) de um evento considerando as variáveis independentes. Contudo, neste
trabalho, foi aplicado funções cópulas para analisar os aspectos (variável agregadora) de um
evento considerando as suas variáveis como sendo dependentes. As variáveis vazão, duração
e período de ocorrência são as escolhidas para este trabalho, e as distribuições marginais para
cada variável, respectivamente, Generalizada de Pareto (GP), Pearson 3, e Von Mises (cheias) e
Normal (estiagens). A cópula Gaussiana apresentou os melhores resultados nos testes de bondade
de ajustes para modelar os eventos de cheias e estiagens, enquanto as cópulas arquimedianas
tiveram resultados satisfatórias para os eventos de cheias e insatisfatórios para os eventos de
estiagens. Uma nova abordagem para análise de alteração do regime hidrológica foi introduzida,
assim, mostrando as alterações no regime de vazão do rio São Francisco.