Processo semicontínuo de tratamento de soro do leite usando microalga e fungo em reator coluna de bolhas
Biorremediação, fungo, microalga, soro do leite, simbiose.
A indústria de laticínios é uma parcela do setor de seguimento alimentício bastante significativa que está constantemente expandindo pelo expressivo lançamento de produtos derivados do leite. Porém, para que sua variabilidade de mercadorias se mantenha, consequentemente é gerado um subproduto conhecido como soro do leite que é extraído da coagulação do leite principalmente em processos fabris de queijos e derivados. Este material tem um grande valor nutricional podendo ainda ser processado e gerar produtos de alto valor agregado, entretanto estudos relatam que boa parte do soro produzido no Brasil é descartado de forma inadequada, desta feita este rejeito industrial gera um grande impacto ambiental principalmente pala decomposição bioquímica do oxigênio (DBO) que atinge níveis 100 vezes maior do que o esgoto doméstico. Atrelado a isso os tratamentos convencionais (físico-químicos) utilizados para esta categoria de efluente acabam sendo muito onerosos, o que vem tornando sua utilização mais inviável e obsoleta, principalmente para a indústria de médio e pequeno porte. Com o intuito de mitigar este sistema dispendioso a biorremediação tem se mostrado uma boa alternativa, tendo em vista sua eficiência atrelada a um menor custo, com a remoção seja ela total ou ainda parcial dos poluentes dispostos no soro do leite. Desta forma este trabalho tem por intenção estudar o processo de tratamento do soro do leite utilizando microalga (Tetradesmus sp. LCE-01) e fungo filamentoso PenicilliumoxalicumCurrie& Thom URM 7170 e Cunninghamellaechinulata (Thaxt) UR-M 7150 em simbiose, desta forma podendo avaliar a influência da intensidade luminosa, assim como avaliar o efeito de taxas de reposição volumétrica do sistema e aplicar diversas taxas de aeração visando a otimização do sistema. Espera-se como resultado um modo de operação em parâmetros ideais para taxa de reposição volumétrica, bem como a intensidade luminosa para a redução principalmente de DQO, nitrogênio e fósforo do efluente.