PPGENF PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM ESCOLA DE ENFERMAGEM Telefone/Ramal: (82) 3214-1171 https://sigaa.sig.ufal.br/enfermagem

Banca de DEFESA: SILVIA ALVES DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SILVIA ALVES DOS SANTOS
DATA : 28/07/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Sala Virtual - https://meet.google.com/nzu-jkie-eqx?pli=1
TÍTULO:

CONFIGURAÇÃO E DIFUSÃO DA CULTURA SESPIANA NO BRASIL (1942-1960)


PALAVRAS-CHAVES:

História da Enfermagem; Educação Sanitária; Saúde Pública; Visitadores de Saúde.


PÁGINAS: 110
RESUMO:

Trata-se de uma pesquisa histórico-social que teve como objeto a configuração e a difusão da cultura sespiana no Brasil nos anos 1942 a 1960. Os objetivos foram: descrever a configuração, modus operandi do SESP e a cultura que imprimiu às regiões brasileiras onde operava e analisar a difusão da cultura sespiana como processo civilizador em saúde no Brasil. As fontes foram documentais e tiveram como critérios de inclusão dos documentos a legibilidade e o fato de que pudessem ser fotocopiados. As informações recolhidas foram analisadas com o apoio dos conceitos de processo civilizador, cultura, configuração e comportamento de Norbert Elias. Os resultados mostraram que o SESP se configurou como um modelo de saúde pública dito moderno, que se difundiu pelo país por meio da ação dos profissionais, das professoras nas escolas primárias, devidamente treinados para transmitirem as novas práticas sanitárias e a divulgação por meio de folhetos, revistas, boletins e livros publicados. Seus serviços tiveram um efeito de demonstração nacional, e seus especialistas tornaram-se agentes multiplicadores do modelo em outras instituições. A difusão da cultura sespiana pelo Brasil e seu modus operandi tiveram nas enfermeiras um instrumento de coação, pois, por intermédio do treinamento e formação das auxiliares/visitadoras e da supervisão da equipe, asseguraram o sucesso do processo civilizatório, entendendo-se que as visitadoras sanitárias foram portadoras de um discurso que provocava “mudança na conduta e nos sentimentos" (grifo meu) pela implantação de novos hábitos, costumes e práticas cotidianas. Conclui-se que o SESP foi realmente condutor de um processo civilizatório, pois forjou novos padrões de comportamento sanitário e condutas individuais e coletivas em relação à saúde e a outros aspectos do cotidiano da população. As fontes analisadas e as informações discutidas neste estudo permitem enunciar que os objetivos foram alcançados, e que o SESP desenvolveu uma política de saúde que se comportou como um processo civilizador, difundindo uma cultura de saúde estadunidense considerada superior à brasileira pelas ações de afirmação das melhores práticas higiênicas, amplamente difundidas pela propaganda, pelas ações pedagógicas de educação sanitária, pelos treinamentos continuados, pela formação de visitadoras sanitárias, difusoras da cultura estrangeira e pelas ações de coação e controle exercidas por meio de supervisão e cobranças de dados registrados e relatórios, de modo a confirmar a hipótese apresentada neste estudo.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2566877 - LAIS DE MIRANDA CRISPIM COSTA
Presidente - 079.925.055-49 - REGINA MARIA DOS SANTOS - UFAL
Externa à Instituição - TÂNIA CRISTINA FRANCO SANTOS - UFRJ
Notícia cadastrada em: 27/07/2022 00:28
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