Banca de QUALIFICAÇÃO: TAMIRES ALEIXO CASSELLA



Uma banca de QUALIFICAÇÃO DE MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: TAMIRES ALEIXO CASSELLA
DATA: 20/10/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:
Arquitetura moderna em Maceió: registros da memória

RESUMO:
Em nível estadual, a cidade de Maceió, estado de Alagoas, conta com mais de trinta
tombamentos, em edificações de vários períodos. Dentre elas, há somente um exemplar
modernista – o Palácio dos Trabalhadores – que foi tombado, prioritariamente, em razão da
sua representatividade política da força sindical (decreto nº 37.934 de 28/12/98). Em âmbito
municipal, a cidade conta atualmente com 56 Unidades Especiais de Preservação (UEPs),
compostas por exemplares de diversas épocas, inclusive relativos ao Movimento Moderno.
Contudo, apesar de algumas destas obras estarem incluídas na medida de proteção do Plano
Diretor, parte desse conjunto está modificado, abandonado e, mesmo, destruído, a exemplo
da recente demolição da antiga residência Afonso Lucena, UEP número 27. Sabe-se que
resguardar e preservar o patrimônio arquitetônico são algumas das formas mais conhecidas
para que se possa referenciar, de geração para geração, a história de uma sociedade. Porém,
quando a paisagem edificada se esvai, temos o seu registro que, de alguma maneira, a fixa.
Nesse sentido, poderia a fotografia de arquitetura contribuir para a manutenção da memória
da cidade de Maceió no que diz respeito à preservação do patrimônio moderno? E se o
registro fotográfico ajudar a preservar a memória de uma cidade, qual história as imagens
podem contar sobre a modernidade em Maceió? Acredita-se que a fotografia, enquanto
documento, marca no tempo a arquitetura e faz com que, mesmo se ela deixar de existir
fisicamente, sua memória possa, de alguma forma, permanecer na história, fazendo da
imagem por si só um bem a ser preservado. Assim, esta dissertação tem como proposta
compreender a memória da Arquitetura Moderna da cidade de Maceió através da fotografia e,
com isso, contribuir para a ampliação da documentação desse movimento e da própria história
da cidade. Para tanto, partiu-se da revisão de literatura sobre os temas: patrimônio edificado,
tempo, memória, fotografia e arquitetura moderna. Após esta etapa, foi feita uma lista inicial
com mais de 40 obras modernistas da cidade (utilizando como base o livro “Arquitetura
Moderna – a atitude alagoana”, dissertações do DEHA e a própria experiência) e selecionou-se
para o estudo o conjunto edificado cujo endereço foi encontrado após pesquisas. Uma
primeira impressão desse produto sugere que o percurso dessas construções foi bastante
esquecido ao longo dos anos e inúmeros prédios acabaram sendo praticamente apagados da
história da cidade. Iniciou-se também a busca por conteúdo iconográfico existente da
modernidade em periódicos, jornais e livros da época, porém, devido à pandemia da Covid-19,
precisou-se modificar essa fonte documental inicialmente escolhida e optou-se por utilizar
uma busca virtual nas redes sociais, através de postagens feitas a respeito do modernismo.
Também como forma de entender a memória que esse patrimônio desperta nos alagoanos,
pretende-se analisar os comentários encontrados diante das publicações fotográficas acima
mencionadas. A partir desse material, realizar-se-á visitas in loco na intenção de verificar o
atual estado de preservação dos prédios em questão e produzir material fotográfico como
forma de contribuir com a história imagética dessa arquitetura em Maceió. Dessa maneira, a
abordagem da fotografia na presente pesquisa justifica-se não apenas pela relevância em
catalogar as situações contemporâneas dos exemplares previamente citados, como também
por construir uma narrativa sobre a arquitetura moderna enquanto patrimônio, na tentativa
de entender que espaço ocupou e ocupa o moderno na história da cidade. Rastrear e registrar
suas trajetórias para, então, contribuir e dar importância a essa memória é o que se espera
deste estudo, que toma a fotografia como via de acesso ao passado e presente de uma
paisagem que, cada vez mais, morre na cidade.

PALAVRAS-CHAVE:
Patrimônio edificado. Arquitetura moderna. Fotografia de arquitetura.

PÁGINAS: 124
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Arquitetura e Urbanismo

MEMBROS DA BANCA:
Interno(a) - 1119549 - JOSEMARY OMENA PASSOS FERRARE
Interno(a) - 1647400 - JULIANA MICHAELLO MACEDO DIAS
Externo(a) à Instituição - LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM - UFPE
Presidente - 2373057 - ROSELINE VANESSA SANTOS OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 20/10/2020 00:31
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