ERGONOMIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO: Estudo dos postos de vigilância em uma penitenciária de cogestão.
Unidade prisional; Ergonomia do Ambiente Construído; Monitores de Ressocialização Prisional.
Os estudos concernentes à ergonomia aplicada aos postos de trabalho dos Agente Penitenciários (AP’s) têm sido negligenciados ao longo da história, pois um maior foco historicamente é dado aos espaços prisionais projetados para o uso dos reeducandos. O ambiente construído e a mãode-obra dos agentes penitenciários são os principais elementos que compõem a segurança e operação adequada de uma unidade prisional. Os AP’s ao operar, vigiar e controlar o espaço construído penal, são primordiais para o funcionamento da unidade prisional, enquanto o ambiente – quando adaptado às necessidades do usuário – propicia a conservação da sua saúde física e mental. Tem-se como local de estudo, o Presídio do Agreste com administração de Cogestão entre a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (SERIS) e a empresa Reviver Administração Prisional Privada Ltda. (Reviver) no estado de Alagoas. Este estudo teve como foco uma análise ergonômica dos postos e locais de trabalho dos agentes penitenciários, pois estes fazem a manutenção do controle interno dentro da unidade prisional. Esta pesquisa é de natureza qualitativa e aplicada em estudo de caso, tem como base a Metodologia Ergonômica para o Ambiente Construído (MEAC) desenvolvida por Villarouco (2008). Esta metodologia considera os aspectos físicos, organizacionais e cognitivos, buscando adaptar o ambiente às necessidades dos usuários. Isso posto, os dados obtidos em campo apontaram haver ricos ergonômicos relacionados aos aspectos físicos, organizacionais e cognitivos dos postos de trabalho analisados em relação ao trabalho dos agentes penitenciários da unidade prisional avaliada. O estudo conclui com a formulação de recomendações para propor melhorias nesses locais, com intuito de eliminar ou reduzir o impacto desses riscos na vida dos usuários avaliados.