PPGLL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA E LITERATURA FACULDADE DE LETRAS Telefone/Ramal: 99662-2468

Banca de DEFESA: FABIO RODRIGUES DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FABIO RODRIGUES DOS SANTOS
DATA : 18/11/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura
TÍTULO:

(RE)CONSTRUIR SENTIDO(S)  DE ENSINAR-APRENDER LIBRAS: DIÁLOGOS COM E ENTRE PROFESSORES EM FORMAÇÃO INICIAL


PALAVRAS-CHAVES:

Dialogicidade. Decolonialidade. Formação Docente. Ensino-aprendizagem de
Libras. Discurso.


PÁGINAS: 170
RESUMO:

Esta tese de Doutorado é criada a partir das reflexões construídas no contexto da disciplina
tomada como contexto-acadêmico de investigação, a Metodologia de Ensino de Libras – MEL –
do Curso de Letras-Libras: Licenciatura da Universidade Federal de Alagoas – UFAL. Formada
na encruzilhada, na fronteira, no ponto de encontro dialógico, o processo metodológico não
poderia ser outro que não um que possibilitasse esse movimento e, nesse caso, cunho a Filosofia
da Dialogicidade que traz para seu bojo o imetódico de Boaventura (2008) e a pesquisa
narrativa de Clandinin e Connelly (2011). Aliás, para além de pensamento metodológico, essa
filosofia, ou paradigma, é também eixo de sustentação e conexão teórica. Assim, nesse fluido
nível epistêmico-teórico, tenho a dialogicidade bakhtiniana ([1929] 2006; [1979] 2011) que
além de me auxiliar na compreensão das materialidades investigadas é aporte conceitual para
todo o processo desta investigação que se inicia no desenvolvimento da disciplina MEL e se
estende à produção deste trabalho, no qual me debruço sobre os registros feitos em seu percurso.
Semelhantemente nessa fluidez epistêmica-teórica, as epistemologias do sul (SOUSA
SANTOS; MENESES, 2009), os estudos (de)coloniais (QUIJANO, 1992; MIGNOLO, 2016,
2017; BERNARDINO-COSTA; MALDONATO-TORRES; GROSFOGUEL, 2019) e outros
diálogos necessários, como: a formação de professores (IFA, 2006), (CRUZ, 2016), (JUCÁ,
2016), a construção discursiva e a sala de aula (MOITA LOPES, 2002), a prática docente
(FREIRE, 1967, 2019), uma Linguística Aplicada do Emergente (MOITA LOPES, 2009) e
agenda de pesquisa e ação em Linguística Aplicada (KLEIMAN, 2013). Entretanto, esses
diálogos não são antecedentes, mas precedentes, exigidos a partir das problematizações
construídas com base nos registros feitos pelos seguintes instrumentos: planos de aula, diários
reflexivos e entrevistas narrativas. Engendrada, principalmente, por meio de um exercício de
prática docente oportunizada na disciplina MEL, identifico práticas discursivas desenvolvidas
com e pelos professores em formação inicial (PFIs) que são interpretadas sob a cunhada
filosofia da dialogicidade. Dito isso, objetivo com esta investigação (re)construir sentidos de
ensinar-aprender Libras a partir de práticas discursivas desenvolvidas com e pelos professores
de Libras em formação inicial na disciplina MEL do Curso de LL da Ufal e, para isso, traço
objetivos específicos que são: 1) identificar as práticas discursivas construídas com e pelos PFIs
na disciplina MEL; 2) problematizar uma possível relação entre as práticas discursivas
construídas com e pelos PFIs e as práticas docentes desenvolvidas na disciplina; e, por fim, 3)
configurar o(s) sentido(os) de ensinar-aprender Libras construído(s) com e pelos PFIs nesse
mesmo contexto-acadêmico de investigação. Como resultado desses objetivos, identifiquei três
principais objetos do discurso que foram palco de encontro dialógico de três discursos em sala
de aula: preconceito, ética e transformação. Isso, possibilitou-me configurar sentidos que
têm constituído processos de ensino-aprendizagem de Libras e, numa perspectiva mais
propositiva, reconstruir tais sentidos para um ensinar-aprender Libras coordenado por
um posicionamento ético em favor dos “Condenados da Terra” (FREIRE, 2019;
FANON, 1968), fruto de prática docente que indissociabiliza a vida da sala de aula.
Dessa forma, por meio desta pesquisa que me deu subsídios para compreender e interpretar uma
experiência que é, ao mesmo tempo, pessoal e coletiva, pude construir saberes que estabelecem
diálogos horizontais com outras particularidades concernentes à formação docente,
principalmente de Libras, contribuindo para o universalismo concreto, nos termos de Césaire
(2020).


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3364615 - JAIR BARBOSA DA SILVA
Externa à Instituição - JOSENICE CLAUDIA MOURA DE LIMA - IFAL
Presidente - 1851662 - PAULO ROGERIO STELLA
Externa à Instituição - ROSANGELA NUNES DE LIMA - UNEAL
Interno - 1631608 - SERGIO IFA
Notícia cadastrada em: 17/11/2021 15:39
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