OS (DES)CAMINHOS PATRIARCAIS NO ROMANCE A FALÊNCIA, DE JÚLIA LOPES DE ALMEIDA: UMA LEITURA FEMINISTA POSSÍVEL
A falência, escrita de autoria feminina, Júlia Lopes de Almeida, resgate, crítica feminista.
Este estudo tem por finalidade identificar qual é a falência de que trata o romance A falência (1901), escrito por Júlia Lopes de Almeida, bem como verificar se há outras ruínas e como as personagens femininas reagem a esse(s) fracassos(s). Júlia Lopes de Almeida faz parte das escritoras brasileiras do século XIX que foram esquecidas pela crítica e pela história da literatura brasileira a partir de meados do século XX, escritoras que padecem do memoricídio, conceito de Constância Lima Duarte (2019) para esse apagamento. Diante disso, esta dissertação também aborda o esquecimento e processo de resgate da escritora carioca. O estudo analisa o romance a partir da perspectiva da crítica feminista e também transdisciplinar entrelaçando história, direito e literatura e tem como base teórica os escritos de Constância Lima Duarte (2019), Zahidé Muzart (2014), Rita Terezinha Schmidt (2012), Eurídice Figueiredo (2020), Massaud Moisés (2016), Lilia Moritz Schwarcz (2012) e Boris Fausto (2012), entres outras/os.