PPGMET PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA JOSE DA SILVA LIMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA JOSE DA SILVA LIMA
DATA : 31/05/2021
HORA: 14:00
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

ANÁLISE CLIMÁTICA DOS NÚCLEOS DE DESERTIFICAÇÃO BRASILEIROS


PALAVRAS-CHAVES:

Núcleo de desertificação, ENOS, Nordeste do Brasil, Ondaleta Cruzada


PÁGINAS: 52
RESUMO:

Este estudo tem por objetivo geral estudar/analisar, usando vários métodos estatísticos, as possíveis causas climáticas que influenciam o processo de desertificação nos núcleos de desertificação existentes no Brasil. Foram utilizados dados de precipitação e temperatura das cidades que compõem os Núcleos de desertificação do Brasil, provenientes da Agência Nacional das Águas, do Instituto Nacional de Meteorologia e da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos.  Também foram usados dados do Dipolo do Atlântico, Índice de Oscilação Sul, Oscilação Interdecadal do Pacífico, Oscilação Decenal do Pacífico e Oscilação Multidecenal do Atlântico obtidos do Earth System Research Laboratory/National Oceanic and Atmospheric Administration. Com os dados de precipitação do núcleo de desertificação de Irauçuba gerou-se o Índice de Anomalia de Chuvas (IAC). Já com os dados de precipitação e temperatura do núcleo de Irauçuba, além dos gráficos do tipo Boxplot, foram submetidos à análise tendência, análise de Ondaleta e análise de Ondaleta cruzada. Observou-se que a quadra chuvosa em Irauçuba compreende o período de janeiro a abril, sendo o mês de março o que apresentou máximo registro de precipitaçãocom valor médio de 127,70 mm. Já o período de estiagem ocorre entre maio a dezembro, quando os totais pluviométricos apresentam forte diminuição, principalmente nos meses de agosto a novembro. O Boxplot mostrou que os extremos de chuvas em Irauçuba apresentaram acumulados pluviométricos entre 100 mm a 432,50 mm e os extremos de temperaturas estão entre 28,2°C a 29,9°C. Verificou-se através do IAC que durante todo o período analisado, ocorreram 16 anos com IACs positivos e 23 anos com IACs negativos, isto é, ocorreram mais anos secos que anos úmidos. Além disso, antes do ano de 2000, ocorreram 9 anos chuvosos e 10 anos secos; após esse ano, foram registrados 7 anos chuvosos e 13 anos secos, evidenciando dessa forma, que o primeiro período da série é mais chuvoso que o posterior ao ano 2000. Foram detectadas tendências de diminuição na precipitação em Irauçuba indicando que as chuvas que ocorreram na localidade vêm diminuindo gradativamente ao longo do tempo, com -0,9078 de tendência na série. Já a temperatura apresentou leve tendência de aumento apresentando tendência na série de 0,0833, sugerindo que a temperatura tende a aumentar. As análises de Ondaleta mostraram que a escala sazonal, a escala de 4 anos associado ao ENOS estendido, a escala de 11 anos relacionada ao ciclo de Manchas solares e ao Dipolo do Atlântico, foram as que mais influenciam a série de precipitação. Para a série de temperatura as escalas mais marcantes foram as escalas de 1-2 anos associados à escala do ENOS, a escala de 3-7 anos ligadas ao ENOS estendido, a escala de 8-11 anos associadas ao Dipolo do Atlântico e a escala de 32 anos ligada a OIP. Nas análises de ondaletas cruzadas e de coerência foram observadas maiores coerências entre as séries de precipitação do Núcleo de Desertificação de Irauçuba e Dipolo do Atlântico nas escalas temporais de 1-3,5 anos e de 8 anos, na escala temporal de 3,5 anos as séries históricas de precipitação de Irauçuba e Dipolo do Atlântico apresentaram-se fora de fase.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1772619 - DJANE FONSECA DA SILVA
Externo ao Programa - 1292888 - JORIO BEZERRA CABRAL JUNIOR
Interna - 1653612 - MARIA LUCIENE DIAS DE MELO
Notícia cadastrada em: 18/05/2021 20:25
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