Análise da Variabilidade espaço-temporal da precipitação em Maceió-AL e de suas causas climáticas.
Índice Padronizado de Precipitação, ENOS, Análise de Ondaleta.
O objetivo geral deste trabalho é analisar espaço e temporalmente as precipitações em
Maceió, identificando áreas com precipitações semelhantes, e consequentemente,
descobrir qual a causa climática para ocorrência de sua variabilidade. Foram
utilizados dados de precipitação de Maceió para 13 estações meteorológicas, com
períodos de 2015 a 2020, obtidos juntos à Defesa Civil Municipal, não havendo falhas
no período de estudo. Através da espacialização, observou-se que os valores do Índice
Padronizado de Precipitação (SPI) médios anuais foram classificados como normais.
Porém, a parte alta da capital, ao norte, e o Litoral Norte de Maceió têm menores
valores que aproximam-se mais de eventos classificados como secos, ao contrário da
parte baixa e Litoral Sul, que apresentam SPI mais próximo à eventos chuvosos. Para
a média do SPI, foram identificadas duas regiões (R1 e R2) separadas em grupos pela
análise de agrupamentos, as quais apresentaram maior distância euclidiana e menor
semelhança. O gráfico do BoxPlot apresenta valores semelhantes tanto no limite
superior quanto na mediana para ambas regiões (R1 e R2), na qual o SPI do valor
superior para as duas regiões tem valor máximo de aproximadamente 2,99, já o limite
inferior tem SPI próximo a 1,1 para a R1 e 1 para a R2. Na tendência de Mann-
Kendall foram identificadas tendências de diminuição de precipitação na região 1, e
um leve aumento na tendência de precipitação na região 2, ambas regiões
apresentaram significância estatística através do teste de T-Student. Utilizando a
análise de ondaleta foram identificadas para a região 1 as escalas: sazonal, semestral,
interanual, ENOS, ENOS estendido, Manchas Solares e Dipolo do Atlântico, no qual
O ENOS e ENOS estendido apresentaram escala dominante, já para a região 2, foram
identificadas as escalas: sazonal, semestral, interanual, ENOS, Manchas Solares e
Dipolo do Atlântico, tendo como escala dominante o ENOS.