PPGMET PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: KECIA MARIA ROBERTO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KECIA MARIA ROBERTO DA SILVA
DATA : 25/02/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

Climatologia das Brisas Marítima e Terrestre no Estado de Alagoas


PALAVRAS-CHAVES:

Brisas marítimas, reanálise ERA5-L, climatologia, NEB.


PÁGINAS: 116
RESUMO:

A brisa é um fator importante para explicar o ciclo diurno do vento em
regiões costeiras, o que, por sua vez, implica na advecção das condições
meteorológicas do mar para a superfície da terra, e vice-versa. Na região NEB
(Nordeste do Brasil) os ventos são controlados pela circulação dos alísios e
das brisas. A magnitude do fluxo do vento em grande escala, seja ele paralelo
ou perpendicular à orientação da costa, em que ocorre o aquecimento
diferencial entre terra e mar, é determinante para o potencial de formação de
brisas e sua penetração no interior continental. Alguns estudos foram feitos no
NEB sobre a interação de brisas com outros sistemas, como sistemas
topográficos complexos, vento de escala sinótica, análise de variação da
precipitação local e análise da extensão territorial da brisa. Contudo, em
Alagoas, há poucos registros de estudos sobre brisas. Nesse sentido, foram
utilizadas climatologias diárias, sazonais e anuais para analisar o ciclo diurno
das brisas neste trabalho, por meio das observações meteorológicas de
superfície das estações do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) em
Alagoas, e também dos dados da quinta geração de reanálise de superfície do
European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF), ERA5-
Land. A reanálise ERA5-Land foi validada para Alagoas tendo como referência
as 7 estações de superfície do INMET. Desses dados foram geradas as
climatologias comparativas das variáveis: temperatura do ar, pressão de
superfície, umidade relativa, precipitação, direção e velocidade do vento em um
período de 11 anos, de meados de 2008 a dezembro de 2019. A temperatura e
a pressão foram corrigidas com um viés de até 0,7°C e 11,93 hPa e um RMSE
de 0,34 °C e 11,9 hPa. Para a análise das brisas, foram utilizados os mesmos
parâmetros meteorológicos, exceto precipitação, através do método de
alteração simultânea das variáveis, para detecção de horários de frontogênese.
Foram encontrados 450 dias com brisas (média de detecções para as 7
estações) no período de estudo, sendo 21,42 % no inverno e 28,33 % no
verão, com máximo desenvolvimento das frentes iniciando às 17h UTC, e
predominância de 28% dos casos nos meses de março e abril. Observou-se
que quanto mais próximo à costa, mais cedo inicia a formação da FBM (Frente

da Brisa Marítima). Observou-se também que a brisa marítima tem um
potencial significativo de baixar a temperatura e aumentar a umidade relativa
local durante a tarde, como também visto em outros estudos. Os resultados
indicam a influência das brisas sobre o clima local, afetando o conforto térmico,
fornecendo umidade para a atmosfera, sobre a dispersão de poluentes etc, e
indica a necessidade de vento de reanálise representativo para a escala
regional e local, a fim de ampliar espacialmente a compreensão desse sistema,
onde faltam dados de observação.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DIRCEU LUÍS HERDIES - USP
Interno - 1537309 - FABRICIO DANIEL DOS SANTOS SILVA
Presidente - 2347007 - HELBER BARROS GOMES
Notícia cadastrada em: 08/02/2022 20:48
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