ANÁLISE DOS EXTREMOS DE VAZÃO NO RIO MUNDAÚ E SISTEMAS SINÓTICOS ASSOCIADOS NO PERÍODO DE 1990 A 2019
vazões extremas, sistemas sinóticos, rio mundaú, perturbação ondulatória nos alísios.
Este trabalho teve como objetivo analisar os eventos de vazão extrema no rio Mundaú e identificar os sistemas de escala sinótica que influenciaram diretamente nestes casos, entre os anos de 1990 a 2019. Para esta análise foram utilizados primeiramente os dados de vazão diária provenientes da Agência Nacional de Águas (ANA) para quatro estações fluviométricas localizadas nas cidades de Murici; Rio Largo; Santana do Mundaú e União dos Palmares, e com estes dados foi aplicado a técnica dos percentis, e então considerou-se um evento de vazão extrema o valor igual ou superior ao percentil 95. Com estes valores foram identificados 19 casos onde a vazão foi considerada extrema em pelo menos uma estação fluviométrica. Logo após foram identificados os sistemas que atuaram na região da Bacia Hidrográfica do Rio Mundaú (BHRM), através dos dados do modelo ECMWF em 10 níveis da atmosfera e imagens de satélite. O ano de 2000 foi o com o maior número de ocorrências de vazão extrema (03), o que representa 16% do total. Dividindo as três décadas, de 1990 a 1999 concentrou 31,5% dos eventos, de 2000 a 2009, 52,5%, e de 2010 a 2019 16%. Os eventos vazão extrema no Rio Mundaú tiveram uma distribuição concentrada entre os meses de outono e inverno, sendo os meses de junho (9) e agosto (4) os que apresentaram o maior número de casos dentro da série. Já os sistemas foram identificados 15 casos com Perturbação Ondulatória nos Alísios (POA); 2 com Vórtice Ciclônico em Altos Níveis (VCAN) e 2 com Ondas de Leste (OL).