PPGMET PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: MARIA JOSE DA SILVA LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA JOSE DA SILVA LIMA
DATA : 13/05/2022
HORA: 08:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

ANÁLISE DAS CAUSAS CLIMÁTICAS SOBRE OS NÚCLEOS DE DESERTIFICAÇÃO BRASILEIROS


PALAVRAS-CHAVES:

ENOS, Nordeste do Brasil, Ondaleta Cruzada


PÁGINAS: 74
RESUMO:

A desertificação é um processo de modificações degradantes dos solos, levando-os a
aspectos desérticos, em decorrência das variações climáticas e atividades antrópicas.
Este estudo tem por objetivo geral estudar as possíveis causas climáticas que
influenciam o processo de desertificação nos núcleos de desertificação existentes no
Brasil. Foram utilizados dados de precipitação e temperatura das cidades que compõem
os Núcleos de desertificação do Brasil, provenientes da Agência Nacional das Águas, do
Instituto Nacional de Meteorologia e da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos
Hídricos para o período de 1981 a 2020 para Irauçuba, 1961 a 2019 para Cabrobó, 1971
a 2019 para Gilbués e 1989 a 2019 para Seridó. Também foram usados dados do
Dipolo do Atlântico, Índice de Oscilação Sul, Oscilação Interdecadal do Pacífico,
Oscilação Decenal do Pacífico e Oscilação Multidecenal do Atlântico obtidos do Earth
System Research Laboratory/National Oceanic and Atmospheric Administration.
Observou-se a frequência de anos secos foi maior que dos anos úmidos, de acordo com
o IAC em Irauçuba, o ano de 2000 tornou-se um ponto de inversão na distribuição da
pluviosidade local. Para Cabrobó e Seridó o IAC registrou mais ocorrências de anos
úmidos que anos secos, no entanto, os eventos secos foram mais frequentes e
mostraram-se mais intensos, sendo que em alguns desses anos houve a atuação do
fenômeno El Niño. No núcleo de Gilbués os anos secos e úmidos ocorreram
praticamente em mesma proporção. Foram detectadas tendências de diminuição nas
precipitações dos núcleos indicando que as chuvas diminuíram ao longo do tempo,
enquanto que nas séries de temperatura foi apontada tendência de aumento. As análises
de Ondaleta mostraram influência de diferentes escalas temporais sobre as séries de
precipitação e temperatura dos núcleos, sendo essas escalas responsáveis por aumentos
anômalos nas séries, quando atuando simultaneamente. As escalas temporais que mais
influenciam as séries de precipitação de Irauçuba são: a escala sazonal, a escala de 4 a 8
anos, a escala de 11 anos. Cabrobó foi influenciada pela escala sazonal, a escala de 2 a 4 anos,
a escala de 11 anos. A série de precipitação de Seridó sofre influência da escala sazonal, a de 2 a
4 anos e a de 7 anos. A Presença da escala sazonal foi observada na série de precipitação
de Gilbués, a escala temporal de 2 a 4 anos, coincidindo com o período de atuação da
escala de 11 e da escala de 16 anos. A Ondaleta cruzada mostrou inter-relações entre as
séries de precipitação dos núcleos e as séries dos índices climáticos das escalas
dominantes de cada núcleo. O máximo de precipitação no núcleo de Irauçuba ocorre 3
anos antes da máxima ocorrência do Dipolo do Atlântico. Para Cabrobó, o máximo de
precipitação ocorre de 27 a 54 meses antes do máximo do Dipolo do Atlântico. Em
Seridó o máximo de precipitação ocorre 33 meses depois do máximo do IOS. Para
Gilbués a coerência sugere que o pico máximo da precipitação na localidade ocorre 72
meses antes do máximo do Dipolo do Atlântico.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1772619 - DJANE FONSECA DA SILVA
Externo ao Programa - 1292888 - JORIO BEZERRA CABRAL JUNIOR
Interna - 1653612 - MARIA LUCIENE DIAS DE MELO
Notícia cadastrada em: 09/05/2022 21:09
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