PPGAA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA E AMBIENTE CAMPUS ARAPIRACA Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: ALEX TEÓFILO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALEX TEÓFILO DA SILVA
DATA : 29/06/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Online, em link a ser enviado
TÍTULO:

SOLUBILIZAÇÃO DE FOSFATO INORGÂNICO POR BACTÉRIAS E FUNGOS DA CAATINGA


PALAVRAS-CHAVES:

Fosfato tricálcico; Semiárido alagoano; Screening; Macronutriente.


PÁGINAS: 75
RESUMO:

A Caatinga, bioma exclusivo do Brasil, possui características climáticas únicas, marcadas por altas temperaturas e baixa pluviosidade. Os micro-organismos da Caatinga produzem ativos biológicos pouco explorados e que podem ser estratégicos para uso agrícola, como a solubilização de fosfato. Nessa perspectiva, objetivou-se avaliar a solubilização de fosfato inorgânicos por bactérias e fungos isolados de liquens da Caatinga alagoana, bem como quantificar a solubilização em diferentes condições de estresse. As amostras de liquens crostosos e fruticosos foram coletadas no sertão alagoano, no município de Santana do Ipanema-AL, em uma região de proteção ambiental, a reserva da Tocaia, e em uma região impactada, a Serra do Gugi. Um total de 129 fungos e 152 bactérias foram avaliados, sendo 08 bactérias positivas para solubilização de fosfato inorgânico a 25,0 °C. As cepas foram selecionadas para os demais testes e avaliadas em diferentes temperaturas a 25,0, 30,0 e 35,0°C em meio sólido e avaliado o Índice de solubilização (IS), foram: 1. LCB2, 5. LCB3, 6. LCB3, 7. LCB3, 8. LCB3, 15. LCB3, 9. LCB7, e 6. UVLCB5. Observou-se que as bactérias foram capazes de solubilizar nas três faixas de temperatura. Os isolados que tiveram os maiores (IS) foram: 9. LCB7 (3,42); 1. LCB2 (4,83); 15. LCB3 (8,27) a 25,0°C, já a 30,0°C o isolado com maior IS foi o 7. LCB3 (4,31); 1. LCB2 (5,33) e 15. LCB3 (12,05), a 35,0° C a cepa 15. LCB3 manteve o maior IS com (10,72) a cepa 1. LCB2 (4,58). No geral os halos variaram entre 2,0 mm a 31 mm respectivamente. Nos testes de solubilização com os isolados fúngicos em meio sólido NBRIP não houve resultados positivos. Em meio líquido, 02 isolados 1. LCB2 e 9. LCB7 apresentaram valores significativos para quantificação de P a 35,0°C a bactéria 9. LCB7 obteve liberação média de P solúvel de 520,53 mg/L, com redução de pH para 4,11 e a 30,0°C, a 1. LCB2 teve liberação média de P solúvel de 563,73 mg/L, com redução de pH para 4,14. Os ensaios em diferentes pH (5,0; 7,0 e 9,0) a cepa 1. LCB2 conferiu melhor solubilização em pH 9,0 com média de 551,90 mg/L de P solúvel e redução de pH para 3,69 conferindo melhor adaptabilidade ao meio alcalino, o mesmo ocorreu com a cepa 9. LCB7 que obteve maior solubilização em pH 9,0 com média de 455,88 mg/L e redução do pH 3,75; O isolado 9. LCB7 obteve a melhor média de solubilização em pH 9,0 com liberação média de P solúvel de 455,88 mg/L com redução de pH para 4, 75; o mesmo ocorreu com o isolado 1. LCB2 que obteve liberação média de P de 551,90 mg/L em pH 9,0 com baixa no pH para 3,69. Nos testes com diferentes concentrações de NaCl ambas as estirpes solubilizaram melhor em até 0,5 M sendo 607,7 mg/L para cepa 9. LCB7, a cepa 1. LCB2 conferiu 236,34 mg/L de P solúvel a 1,0 M. Em relação as diferentes fontes de carbono testadas, ambas as cepas mantiveram a glicose como melhor fonte de carboidrato com média de 558,59 e 532,53 mg/L respectivamente. Em contrapartida para diferentes fontes de nitrogênio a cepa 1. LCB2 conferiu maior nível de P solúvel com a Ureia 479,74 mg/L, a cepa 9. LCB7 teve o sulfato de amônio com maior solubilização de 617,75 mg/L. Na cinética a solubilização ocorreu exponencialmente para as duas bactérias, chegando a 683,1 mg/L no 7 dia (144h) de incubação para 1. LCB2 e 667,82 mg/L para 9. LCB7. Na análise de HPLC os ácidos: lático, citríco, succínico e fumárico estiveram presentes, enquanto 9. LCB7 apenas o ácido fumárico não constou nas 144h do ensaio, a cepas 1. LCB2 produziu apenas o ácido cítrico até o período de 72h e produziu o ácido fumárico até do final do experimento. Os micro-organismos testados isolados de liquens da Caatinga possuem grande potencial para solubilização de fosfatos inorgânico, bem como podem resistir a níveis de temperatura, trazendo novas perspectivas para testes em campo, com possibilidade de um novo inoculante para as culturas agrícolas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1506475 - ALYSSON WAGNER FERNANDES DUARTE
Interna - 2187545 - FLAVIA DE BARROS PRADO MOURA
Interno - 287.291.704-78 - JOÃO GOMES DA COSTA - EMBRAPA
Externo à Instituição - MICHEL RODRIGO ZAMBRANO PASSARINI - UFPR
Notícia cadastrada em: 12/06/2022 17:21
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