Plantas de cobertura e fontes de fósforo solúvel e reativa na produção de milho em sistemas de não revolvimento do solo
Zea mays, adubação verde, fosfato
Nas regiões produtoras de grãos de Alagoas predominam Argissolos e Latossolos Amarelo, de textura média, ácidos, com alta saturação por alumínio trocável; baixos teores de matéria orgânica; baixa capacidade de troca de cátions e deficientes em fósforo (P) disponível para ser absorvido pelas plantas em função da adsorção deste elemento com as argilas e óxidos de ferro e/ou alumínio do solo. Para alcançar altos níveis de produtividades nesses solos são necessárias a aplicação de altas doses de nutrientes, particularmente P. A inclusão de plantas de coberturas pode contribuir para o aumento da disponibilidade do P do solo e melhorar a eficiência de aproveitamento dos fertilizantes fosfatados. Conduziu-se um experimento de campo na área experimental da UFAL Campus Arapiraca, com o objetivo de avaliar os efeitos de plantas de cobertura e fontes de fósforo no rendimento, componentes de produção e extração de nutrientes pelo milho em sistema de semeadura direta. A massa seca da parte da aérea das plantas de cobertura variou de 1,3 a 4,3 t ha-1. A crotalária juncea produziu mais massa seca que as demais espécies. As plantas de cobertura acumularam maiores quantidades de nitrogênio, potássio e cálcio e menores quantidades de fósforo, magnésio e enxofre. O rendimento de grãos do milho variou de 7,7 a 8,3 t ha-1 e não foi influenciado pelas fontes de P e plantas de cobertura. A extração de nutrientes pelo grão e parte aérea do milho foi influenciada pelas coberturas e pelas fontes, com tendência de maiores quantidades para a fonte solúvel.