Ladislau Netto no Museu Nacional: memória institucional (1870-1894)
Museu Nacional. Memória Institucional. Ladislau Netto. Mediação.
Este trabalho teve como pressuposto a análise da gestão do alagoano Ladislau Netto (1870-1893) no Museu Nacional, à época denominada de Museu Imperial. Neste sentido, o tema diz respeito à mediação da gestão, da informação e do conhecimento nas suas interseções com o espaço museal, assim, como buscou dialogar com a Ciência da Informação, com a História Cultural e com a Museologia, de modo a situar o botânico Ladislau Netto no centro de suas contribuições à organização institucional, consequência de reformas administrativas advindas dos regulamentos de 1876, de 1888 e de 1892. Tal fato culminou na criação da revista científica Arquivos, na implantação de concursos e de cursos públicos de ensino, no âmbito do Museu Nacional, bem como no patrocínio das expedições científicas no Brasil, com repercussão na Exposição Antropológica Brasileira de 1882 e na Exposição Universal e Internacional de Paris em 1889. Desse modo, este trabalho trata o Museu Nacional como uma instituição voltada para a produção de informação e de conhecimento, ao instaurar processos inovadores, durante o último quartel do II Império brasileiro, o que configurou subsídios ao desenvolvimento científico-tecnológico, político, social e cultural do país. Por fim, busca estabelecer uma conexão entre o Museu Nacional e o Estado de Alagoas, como lugar de origem de Ladislau Netto, ambos portadores de informação acerca dessa trajetória.