PPCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS FACULDADE DE MEDICINA Telefone/Ramal: 32141857

Banca de QUALIFICAÇÃO: AMANDA LIRA DOS SANTOS LEITE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : AMANDA LIRA DOS SANTOS LEITE
DATA : 29/09/2021
HORA: 10:00
LOCAL: google meet
TÍTULO:

Análise do controle álgico de pacientes submetidos ao bloqueio peitoral (PEC) nas mastectomias radicais com abordagem axilar em hospital oncológico de Maceió


PALAVRAS-CHAVES:

Bloqueio, mastectomia, PEC, dor.


PÁGINAS: 35
RESUMO:

Introdução: Pacientes submetidos a mastectomias com dissecção axilar sofrem bastante com a dor e desconforto no pós-operatório, logo, buscaram-se estudar técnicas de bloqueio regional que pudessem minimizar tal efeito, como o bloqueio interpeitoral (PEC). Esta técnica pode se tornar opção analgésica amplamente usada em cirurgia axilar devido à baixa taxa de complicações e à técnica característica de punção única que permite o bloqueio simultâneo de vários dermátomos, reduzindo, provavelmente, a dor no pós operatório e diminuindo o uso abusivo de opioides e suas complicações. Objetivos: Avaliar a eficácia do bloqueio anestésico PEC isolado quando comparado ao uso de analgésicos venosos no pós- operatório de mastectomia radical, avaliar complicações provenientes dos opióides e do bloqueio PEC, analisar o consumo médio de opióides em 24 horas e custo-benefício da realização do bloqueio. Metodologia: Ensaio Clínico, randomizado, controlado, com 78 pacientes portadores de neoplasia de mama que foram submetidos à mastectomia com abordagem axilar. Randomizados 2 grupos, um controle, com anestesia geral exclusiva e outro grupo que recebeu anestesia geral e bloqueio PEC com Levobupivacaína/Ropivacaína  (infiltração de 10 ml entre os músculos peitorais e 20 ml entre o peitoral menor e serrátil), guiados por ultrassonografia no intraoperatório. Prescrição de Novalgina, Tramadol e morfina se necessários foram oferecidos pós-cirurgia. Em 24hs de pós-operatório, foi aplicado questionário com a escala de dor EVA e a análise estatística de dados utilizou o teste Shapiro-Wilk para avaliar a normalidade dos dados, e o teste Mann-Whitney para comparação entre os grupos. Qui-quadrado foi utilizado na comparação de proporções. Os dados foram analisados pelo software SigmaPlot 12. Resultados: Observou-se a dor, segundo a escala EVA, em média, menor no grupo com PEC (1,08) do que no grupo sem PEC (1,56). Essa diferença, no entanto, não foi estatisticamente significativa (p = 0,186). O percentual de participantes que utilizou analgésicos no grupo com PEC (45,9%, 17/37) foi inferior ao percentual de pacientes do grupo sem PEC (58,5%, 24/41), porém sem significância estatística (p = 0.2689). O percentual dos que fizeram uso de opioides nos grupos com PEC (18,92%, 7/37) e sem PEC (23,80%, 10/41) foi equivalente (p = 0.6026), embora maior no grupo sem PEC. A quantidade total de opioide consumido no grupo sem PEC foi maior (1010 mg) do que no grupo com PEC (620 mg), mas comparação do uso médio foi equivalente (p = 0.454). Houve baixa taxa de complicações como PONV em ambos os grupos. Conclusão: O bloqueio PEC demonstrou discreta melhora na qualidade da analgesia, reduziu o consumo de analgésicos após cirurgia no câncer de mama, e apresentou baixa taxa de complicações, podendo ser opção de primeira linha para analgesia em cirurgias mamárias, no entanto, não foi possível provar sua superioridade no controle da dor pós-operatória ao longo das 24hs em relação à analgesia venosa exclusiva utilizada no intraoperatório.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2269479 - CAROLINNE DE SALES MARQUES
Interno - 2361727 - CARLOS ALBERTO DE CARVALHO FRAGA
Externa ao Programa - 2363781 - AMANDA KARINE BARROS FERREIRA RODRIGUES
Externo à Instituição - FREDERICO THEOBALDO RAMOS ROCHA - NENHUMA
Notícia cadastrada em: 15/09/2021 09:37
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