BIOADSORÇÃO DE GLIFOSATO UTILIZANDO RESÍDUOS DA CASCA DE COCO (COCOS NUCIFERA L.): EQUILÍBRIO, CINÉTICA E TERMODINÂMICA
Bioadsorvente ecológico. Resíduos agroindustriais. Fibra do coco seco. Cinética de adsorção. Isotermas.
A presença de contaminantes emergentes, como o glifosato, em matrizes aquáticas representa um risco potencial aos ecossistemas. A adsorção utilizando resíduos agrícolas ou agroindustriais como biodsorventes de baixo custo tem surgido como um processo complementar para remoção e recuperação destes contaminantes em baixas concentrações. Neste trabalho, o mesocarpo do coco seco pré-tratado (MCM) foi utilizado como bioadsorvente para remoção de glifosato (GLYP) em soluções aquosas. Os dados da caracterização do MCM através do MEV mostraram a presença de macroporos e os dados do FTIR sugerem a redução da lignina e hemicelulose, aumentando a capacidade de adsorção e o pHpzc foi de 6,8. Os testes de adsorção mostram que o equilíbrio de adsorção foi atingido em cerca de 60 minutos de tempo de contato sendo o modelo de Elovich o que melhor representa a cinética de adsorção. A equação de Langmuir apresenta o melhor ajuste aos dados de equilíbrio para a remoção do GLYP pelo MCM, com capacidade máxima de adsorção de 2,06 mg/g a pH 5,0. O cálculo a energia livre de Gibbs, -23,9kJ/mol confirma a afinidade entre o GLYP e o MCM. Este estudo sugere que o MCM tem potencial para ser aplicado como bioadsorvente de baixo custo para mitigar a contaminação de matrizes aquáticas com o glifosato em baixa concentração.