Banca de DEFESA: BIANCA MACHADO MUNIZ

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BIANCA MACHADO MUNIZ
DATA : 14/04/2025
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

O ENGENHO DE AÇÚCAR NA CONSTRUÇÃO DO TERRITÓRIO ALAGOANO


PALAVRAS-CHAVES:

Engenhos bangüê; História de Alagoas; Produção açucareira; Patrimônio histórico;
organização do território.


PÁGINAS: 304
RESUMO:

Os engenhos bangüê desempenharam um papel crucial na história de Alagoas desde os primeiros
séculos, marcando a ocupação do sul de Pernambuco e a formação do território alagoano. No século
XVII, havia cerca de 15 engenhos, número que cresceu exponencialmente, chegando a quase mil no final
do século XIX. A transição para o século XX foi marcada pela ascensão das usinas, que gradualmente
substituíram os engenhos na produção de açúcar. Algumas propriedades evoluíram para usinas,
enquanto outras, incapazes de se modernizar, entraram em declínio. Embora tenham se tornado
obsoletos na produção açucareira, sua importância histórica permanece incontestável. No entanto,
muitas dessas propriedades têm sido negligenciadas, o que contribui para a deterioração de suas
edificações remanescentes. Além disso, a história dos engenhos é fundamental para compreender as
dinâmicas socioculturais, econômicas e políticas que ainda influenciam as cidades alagoanas. Diante
desse contexto, esta tese buscou investigar a contribuição dos engenhos bangüê para a formação do
território alagoano entre os séculos XVII e XIX. O estudo abrange não apenas a história dos engenhos,
mas também seus mecanismos de produção, dinâmicas socioculturais e espacialização no território. A
pesquisa baseou-se em três principais fontes: textuais, incluindo relatos históricos e estudos
contemporâneos; imagéticas, compostas por registros seiscentistas e mapeamentos; e os próprios
engenhos, analisados como fonte direta. Os resultados permitiram compreender o contexto histórico de
implantação dos engenhos no processo de colonização, bem como sua organização espacial, os
processos produtivos e as relações sociais estabelecidas em seu interior. Também foi possível mapear
sua distribuição no território alagoano e propor uma metodologia para identificar remanescentes. A
análise revelou diferentes formas de interação entre os engenhos e as cidades, ora funcionando como
microcidades, ora dando origem a povoações ou influenciando o crescimento urbano. A tese explora a
complexidade dessas estruturas e sua capacidade de gerar núcleos urbanos, alguns dos quais evoluíram
para cidades. A principal contribuição deste estudo está na preservação da memória dos engenhos,
reconhecendo tanto seus aspectos positivos quanto negativos. Espera-se que ele amplie a compreensão
histórica e cultural desses espaços, incentivando sua valorização e preservação na memória coletiva.


MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) ao Programa - 1621650 - GIAN CARLO DE MELO SILVA - nullInterno(a) - 1119549 - JOSEMARY OMENA PASSOS FERRARE
Interno(a) - 1121307 - LINDEMBERG MEDEIROS DE ARAUJO
Presidente - 1120578 - MARIA ANGELICA DA SILVA
Externo(a) à Instituição - VERA LÚCIA AMARAL FERLINI - USP
Notícia cadastrada em: 14/04/2025 11:16
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