PROGRAMA DE RESIDENCIA EM ENFERMAGEM
OBSTÉTRICA: A PERCEPÇÃO DOS RESIDENTES
Os cursos na saúde têm investido em profissionais que proponham mudanças dos modelos de atenção em saúde, com inovações no processo ensino-aprendizagem, que contribua com uma formação crítico-reflexiva. Nesse processo são ofertados cursos de especialização nos moldes de Cursos de Residência. A enfermagem foi a segunda profissão a adotar Programas de Especialização nessa modalidade. Nessa formação a preceptoria tem o papel de facilitador sendo responsável pelo acompanhamento do desempenho teórico-práticas. Porém, as equipes podem não estar preparadas para receber esses profissionais, sendo esse um desafio alcançar os objetivos do programa. Assim, é imprescindível a realização de planejamento articulado entre os programas e os serviços que recebem esses residentes. Nesse contexto, a instituição formadora tem papel crucial na formação de preceptores. Com o processo de interiorização da saúde surgiram novos programas de residência, que requerem avaliação da implantação para melhoria. Objetivo: compreender a visão dos residentes quanto a implementação do Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica no interior de PE. Percurso metodológico: Estudo descritivo e exploratório, estruturado em uma abordagem qualitativa, no Programa de Residência de Enfermagem obstétrica situado em três maternidades regionais do interior de Pernambuco. A pesquisa se deu após aprovação do CEP nº06343519.7.0000.5013, no período de julho a agosto de 2019. Foi realizado entrevistas após agendamento e disponibilidade dos participantes mediante um roteiro estruturado com a caracterização dos participantes e questões sobre a percepção do Programa de Enfermagem Obstétrica, cujas respostas foram gravadas em meio digital. As respostas gravadas nas entrevistas foram transcritas na íntegra e foi realizado análise de conteúdo de Bardin de duas formas, manual e auxiliado pelo uso do programa Atlas ti, posteriormente comparadas as duas para obtenção do resultado final. Resultados: no PREO foram destacados, pelos residentes, fragilidades na comunicação, na organização do programa e na parte teórica, no preparo dos hospitais, na falta de engajamento de muitos preceptores, na integração ensino-serviço e que a distância geográfica pode dificultar essa integração. E também destacaram fortalezas como: formação diferenciada, pois há crescimento pessoal e profissional através da promoção de oportunidades de atividades práticas, benefícios para o cenário de aprendizagem onde os residentes perceberam mudança de conduta do preceptor através de sensibilização podendo levar a uma melhor assistência. Em se tratando do processo de ensino aprendizagem o desenvolvimento depende de cada residente com influência da associação entre atividades teórico-prático e preceptor foi visto como elemento importante nesse processo, podendo influenciar de forma positiva ou negativa. Com relação a educação permanente e formação para se tornar preceptor não foi conclusivo. Conclusão: o Programa de Residência de Enfermagem Obstétrica foi avaliado pelos residentes como positivo, pois traz vários benefícios para todos os atores envolvidos. As aulas teóricas deixaram a desejar, pela percepção dos residentes, provavelmente, por não dominar a utilização das metodologias ativas para construção do processo de ensino-aprendizagem. A fragilidade na comunicação entre ensino-serviço pode influenciar na formação do residente, sendo o preceptor um ator importante nesse processo. O estudo não é conclusivo quanto a solidez da formação da preceptoria, o que sugere o desenvolvimento de outros estudos que escutem outros atores, como os preceptores e gestores.
os cursos na saúde têm investido em profissionais que proponhammudanças dos modelos de atenção em saúde, com inovações noprocesso ensino-aprendizagem, que contribua com uma formação crítico-reflexiva. Nesse processo são ofertados cursos de especialização nosmoldes de Cursos de Residência. A enfermagem foi a segunda profissão aadotar Programas de Especialização nessa modalidade. Nessa formaçãoa preceptoria tem o papel de facilitador sendo responsável peloacompanhamento do desempenho teórico-práticas. Porém, as equipespodem não estar preparadas para receber esses profissionais, sendo esseum desafio alcançar os objetivos do programa. Assim, é imprescindível arealização de planejamento articulado entre os programas e os serviçosque recebem esses residentes. Nesse contexto, a instituição formadoratem papel crucial na formação de preceptores. Com o processo deinteriorização da saúde surgiram novos programas de residência, querequerem avaliação da implantação para melhoria. Objetivo:compreender a visão dos residentes quanto a implementação doPrograma de Residência em Enfermagem Obstétrica no interior de PE.
Percurso metodológico: Estudo descritivo e exploratório, estruturado emuma abordagem qualitativa, no Programa de Residência de Enfermagemobstétrica situado em três maternidades regionais do interior dePernambuco. A pesquisa se deu após aprovação do CEPnº06343519.7.0000.5013, no período de julho a agosto de 2019. Foirealizado entrevistas após agendamento e disponibilidade dosparticipantes mediante um roteiro estruturado com a caracterização dosparticipantes e questões sobre a percepção do Programa de EnfermagemObstétrica, cujas respostas foram gravadas em meio digital. As respostasgravadas nas entrevistas foram transcritas na íntegra e foi realizadoanálise de conteúdo de Bardin de duas formas, manual e auxiliado pelouso do programa Atlas ti, posteriormente comparadas as duas paraobtenção do resultado final. Resultados: no PREO foram destacados,pelos residentes, fragilidades na comunicação, na organização doprograma e na parte teórica, no preparo dos hospitais, na falta deengajamento de muitos preceptores, na integração ensino-serviço e que adistância geográfica pode dificultar essa integração. E tambémdestacaram fortalezas como: formação diferenciada, pois há crescimentopessoal e profissional através da promoção de oportunidades deatividades práticas, benefícios para o cenário de aprendizagem onde osresidentes perceberam mudança de conduta do preceptor através desensibilização podendo levar a uma melhor assistência. Em se tratando doprocesso de ensino aprendizagem o desenvolvimento depende de cadaresidente com influência da associação entre atividades teórico-prático epreceptor foi visto como elemento importante nesse processo, podendoinfluenciar de forma positiva ou negativa. Com relação a educaçãopermanente e formação para se tornar preceptor não foi conclusivo.Conclusão: o Programa de Residência de Enfermagem Obstétrica foiavaliado pelos residentes como positivo, pois traz vários benefícios paratodos os atores envolvidos. As aulas teóricas deixaram a desejar, pelapercepção dos residentes, provavelmente, por não dominar a utilizaçãodas metodologias ativas para construção do processo de ensino-aprendizagem. A fragilidade na comunicação entre ensino-serviço podeinfluenciar na formação do residente, sendo o preceptor um atorimportante nesse processo. O estudo não é conclusivo quanto a solidezda formação da preceptoria, o que sugere o desenvolvimento de outrosestudos que escutem outros atores, como os preceptores e gestores.
Preceptoria, internato não médico, enfermagem obstétrica.