PPGNUT PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO FACULDADE DE NUTRIÇÃO Telefone/Ramal: 3214-1158-

Banca de QUALIFICAÇÃO: MARCIA DE OLIVEIRA LIMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARCIA DE OLIVEIRA LIMA
DATA : 14/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/bpi-rrrv-gug
TÍTULO:

VARIABILIDADE DO SONO ENTRE DIAS DE SEMANA E FINAIS DE SEMANA: ASSOCIAÇÃO COM IMC E CONDIÇÕES CRÔNICAS EM ADULTOS BRASILEIROS


PALAVRAS-CHAVES:

Índice de Massa Corporal; Sobrepeso; Doenças Crônicas; Sono; Privação do sono.


PÁGINAS: 85
RESUMO:

Introdução: Paralelamente às crescentes epidemias de doenças relacionadas com o excesso de peso e a obesidade, a duração média do sono vem diminuindo nas últimas décadas. Apesar de a obesidade e doenças metabólicas possuírem etiologia multifatorial, os padrões de sono (duração, qualidade e regularidade) vêm sendo reconhecidos como fatores de risco para a ascensão dessas condições. Evidências de pesquisas cronobiológicas sugerem que a variabilidade do sono, sobretudo o aumento da duração nos finais de semana e o atraso do ponto médio do sono, denominados, respectivamente, como catch-up sleep (CUS) e social jetlag (SJL), pode causar o desalinhamento do sistema circadiano, que por sua vez aumentaria o risco de ganho de peso excessivo e condições crônicas relacionadas à obesidade. Objetivo: Investigar a associação da variabilidade do sono no final de semana com IMC, sobrepeso e condições crônicas. Métodos: Esse estudo foi realizado com dados da primeira e segunda etapa da Pesquisa Nacional SONAR-Brasil, que tem como objetivo investigar aspectos cronobiológicos relacionados ao sono, alimentação e nutrição de adultos brasileiros. Trata-se de uma pesquisa transversal, exploratória de base populacional, com coleta de dados exclusivamente em ambiente virtual. Os critérios de inclusão foram: ser brasileiro, residir no Brasil, ter idade entre 18 e 65 anos e não ser gestante, totalizando um total de 2.140 participantes. Para a análise de dados, foram excluídos os participantes que declararem trabalhar a noite ou em turnos (n=90), sendo, portanto, a amostra final integrada por 2.050 participantes. O recrutamento ocorreu entre agosto de 2021 e setembro de 2022 e os dados foram coletados por meio do formulário Google Forms, integrado por quatro blocos: caracterização, saúde e estilo de vida, características do sono, horários de alimentação e sono. As respostas geradas foram automaticamente armazenadas em planilhas compatíveis com o Microsoft Office Excel e posteriormente transferidas para o Software estatístico Stata/IC13.1 (StataCorp LP, College Station, EUA) para análise de dados. O CUS e SJL foram estudados como variáveis contínuas e categóricas (<1 hora, 1–2 horas, >2 horas). Análises de regressão linear foram realizadas para avaliar as diferenças no IMC (desfecho) associadas ao CUS e ao SJL. Splines cúbicos restritos foram realizados para explorar a os efeitos da variabilidade da duração do sono, hora de despertar, hora de dormir e ponto médio do sono entre os dias de semana e finais de semana. Modelos de regressão logística foram usados para estimar o odds ration (IC95%) para condições crônicas e excesso de peso relacionados ao CUS e SJL. As análises foram ajustadas para duração do sono, variáveis biológicas e comportamentais. Resultados: Encontramos uma associação positiva entre SJL e CUS com o IMC. Os efeitos permaneceram mesmo após o ajuste para a duração semanal do sono e demonstraram um aumento proporcional com a magnitude da variabilidade do sono. Entre os participantes com SJL >2h, o IMC aumentou em 2,29 kg/m² (IC95%: 0,84; 3,74, p: 0,002). Eles também tiveram 129% mais chances de ter condições crônicas (IC95%: 1,16; 4,52, p: 0,01) e 119% mais chances de estar acima do peso (IC95%: 1,20; 3,98, p: 0,01). Indivíduos com CUS >2h apresentaram 78% mais chances de estar acima do peso (IC95%: 1,27; 2,50, p: 0,001) e um aumento de 1,61 kg/m² no IMC (IC95%: 0,81; 2,40, p <0,001). Conclusões: Nossos achados indicam que até mesmo uma pequena extensão do sono nos fins de semana e uma variação de apenas 1 hora estão associadas a valores mais elevados de IMC. Esses resultados sugerem a importância de incorporar medidas para promover a consistência e regularidade do sono nos protocolos clínicos e diretrizes de saúde pública, visando prevenir e tratar a obesidade e condições relacionadas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2033316 - GIOVANA LONGO SILVA
Externo(a) à Instituição - RAPHAELA COSTA FERREIRA LEMOS - Tiradentes
Interno(a) - 1635142 - RISIA CRISTINA EGITO DE MENEZES
Notícia cadastrada em: 26/07/2024 11:02
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