Produção e controle de qualidade de granulados e cápsulas de própolis vermelha de Alagoas para uso como suplemento alimentar
Própolis, Controle de qualidade, Dissolução, Medicamento fitoterápico
Os fitoterápicos têm se destacado no mercado de suplementos alimentares, devido ao seu caráter preventivo e potencial terapêutico em diversas doenças. Entre eles, a própolis, uma substância resinosa produzida por abelhas a partir de exsudatos de plantas, é amplamente reconhecida na medicina tradicional por suas propriedades cicatrizantes, antioxidantes e anti-inflamatórias. A própolis vermelha de Alagoas (PVA) é um tipo raro de própolis encontrada nos manguezais alagoanos, destacando-se por sua composição única, rica em benzofenonas preniladas, isoflavonas e ácido caféico, compostos bioativos com atividades antimicrobianas e antioxidantes comprovadas. Devido aos múltiplos benefícios para à saúde humana, as formas farmacêuticas à base de própolis têm conquistado espaço no mercado de suplementos alimentares. Este estudo teve como objetivo desenvolver um plano de produção e controle de qualidade de granulados e cápsulas de PVA para uso como suplemento alimentar. O processo de produção iniciou-se com a concentração do extrato hidroalcóolico por meio de rotaevaporador. Em seguida, foram realizadas as etapas de granulação úmida, secagem e calibração em moinho. O granulado foi acondicionado em cápsulas tamanho 00 com o auxílio de encapsuladora semiautomática. A formulação proposta em cada cápsula foi de 250mg de extrato de PVA, 250mg de celulose microcristalina e 50mg de carboximetilcelulose. Para assegurar a qualidade e eficácia do suplemento, foram realizados testes de umidade, doseamento, peso médio das cápsulas, identificação por espectroscopia UV-Vis e teste de uniformidade de conteúdo. Ensaios de dissolução foram conduzidos nos meios gástricos e entéricos, com a adição de enzimas pepsina e amilase, além do suplemento enzimático Creon. O teor de umidade e doseamento do granulado encontrado foi de 3,64% e 47,31%, respectivamente. O peso médio das cápsulas não ultrapassou os limites de variação de ±5%. O ensaio de identificação por técnica UV-Vis do extrato, granulado e cápsula tiveram os seus picos de absorbância entre 250 e 350nm. Os resultados obtidos sugerem que os métodos de controle de qualidade adotados na produção do suplemento alimentar foram adequados para a qualidade e eficácia do extrato de PVA em formas farmacêuticas sólidas.