Banca de DEFESA: NAYARA GOMES GRACILIANO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NAYARA GOMES GRACILIANO
DATA : 09/07/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Remota
TÍTULO:

Bioanálise do colostro de nutrizes acometidas pela COVID-19 na gestação e determinantes socioeconômicos da mortalidade materna e infantil relacionada à doença no semiárido brasileiro.


PALAVRAS-CHAVES:

COVID-19; leite materno; determinantes sociais de saúde; mortalidade materna; zona árida.


PÁGINAS: 270
RESUMO:

A COVID-19, causada pelo SARS-CoV-2 tornou-se uma ameaça global à saúde pública mundial. Conforme a pandemia evoluiu, as infecções, as hospitalizações e as mortes variaram entre as regiões do Brasil e em todo o mundo, levantando questões sobre os fatores de risco e de proteção para a doença. A presente tese investigou dois objetivos distintos, que apresentam como eixo comum o contexto da COVID-19 no âmbito da saúde materno-infantil, sendo então estruturada em dois capítulos gerais. O capítulo 1 abordou o impacto da COVID-19 na saúde materna e neonatal com ênfase na composição do leite humano. Nesse sentido, o primeiro objetivo desta tese foi analisar o perfil de imunoglobulinas, dos marcadores do estresse oxidativo, de citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias, e de células linfoides no colostro de nutrizes acometidas pelo SARS-CoV-2 na gestação, que manifestaram e não manifestaram sintomas da doença. Usando um desenho de estudo caso-controle, foram coletadas amostras de colostro de 14 nutrizes com diagnóstico confirmado de COVID-19 durante a gravidez (grupo sintomático) e de 12 nutrizes sem o diagnóstico da doença (grupo assintomático), entre setembro de 2020 e maio de 2021. As amostras foram analisadas para imunoglobulinas IgA e IgG para a proteína S do SARS-CoV-2, marcadores de estresse oxidativo, citocinas e quimiocinas. Imunofenotipagem foi realizada para avaliar a frequência de diferentes tipos de células no colostro. O colostro do grupo sintomático de COVID-19 na gravidez continha níveis reduzidos de H2O2, IFN-α2 e GM-CSF. Este grupo também apresentou níveis mais elevados de GSH, e maior proporção de ambos os subtipos de células NK (CD56dim e CD56bright). Tais achados reforçam o papel protetor do colostro mesmo em casos de infecção leve pelo SARS-CoV-2, além de demonstrar o quão adaptativa é a composição do leite materno após infecções. Já o capítulo 2 desta tese tratou dos determinantes socioeconômicos da mortalidade e letalidade materna e infantil relacionada à COVID-19 no semiárido brasileiro. Teve como objetivo investigar a associação entre o número de óbitos de gestantes ou puérperas e de crianças menores de 2 anos por COVID-19 e os determinantes sociais ligados à educação, infraestrutura de saúde, gastos assistenciais e emprego nos municípios que pertencem ao semiárido brasileiro. Foi realizado um estudo ecológico com dados nacionais de domínio público registrados no Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica da Influenza (SIVEP-Gripe), de março de 2020 a dezembro de 2022. Modelos lineares generalizados com efeitos mistos (distribuição binomial negativa e função de ligação log) foram empregados para analisar a associação entre os óbitos maternos e infantil por COVID-19 e os determinantes sociais da saúde. As análises identificaram uma associação negativa e positiva, respectivamente, entre o número de leitos hospitalares (RR=0,77; IC95%:0,63-0,94) e os gastos assistenciais (RR=1,31; IC95%:1,14-1,50) e o número de óbitos de crianças menores de 2 anos por COVID-19 nos municípios pertencentes a região semiárida do país. Para mortalidade materna não houve associação estatisticamente significativa para os municípios do semiárido. Esses achados refletem as disparidades existentes entre os municípios dos estados que compõe a região semiárida do Brasil e reforçam que ações de saúde e assistência social devem ser priorizadas para o combate da mortalidade infantil. Por fim, os resultados encontrados em ambos os capítulos revelam a complexidade dos fatores de proteção e de risco para a COVID-19, que ainda hoje representa uma preocupação de saúde pública, particularmente para lactentes menores de 1 ano de idade, o que reforça a importância do avanço da cobertura vacinal deste público, bem como a importância da amamentação, especialmente, para os menores de 6 meses que não dispõe de vacinas contra a COVID-19.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1851685 - ALANE CABRAL MENEZES DE OLIVEIRA
Interno(a) - 1612086 - ENIO JOSE BASSI
Interno(a) - 1046888 - MARCIO BEZERRA SANTOS
Externo(a) ao Programa - 1130431 - NASSIB BEZERRA BUENO - UFALExterno(a) à Instituição - CAROLINA SANTOS MELLO - UFBA
Notícia cadastrada em: 05/07/2024 09:24
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