Banca de DEFESA: EVERLAINE LEITE ESTEVAM DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EVERLAINE LEITE ESTEVAM DOS SANTOS
DATA : 27/02/2025
HORA: 08:30
LOCAL: Formato remoto (on-line)
TÍTULO:

EFEITO ANTITUMORAL DO EXTRATO AQUOSO OBTIDO DO QUIABO (Abelmoschus esculentus (L.) MOENCH) NO MODELO MURINO DE CARCINOMA DE EHRLICH ASCÍTICO



PALAVRAS-CHAVES:

câncer; planta medicinal; estresse oxidativo; angiogênese.


PÁGINAS: 102
RESUMO:

O interesse por produtos naturais na medicina, especialmente no desenvolvimento de terapias anticâncer, tem se intensificado devido à diversidade de moléculas eficazes. Compostos bioativos extraídos de plantas apresentam grande potencial terapêutico, podendo possuir menos efeitos adversos em comparação aos tratamentos convencionais. Este estudo investigou o efeito antitumoral do extrato aquoso obtido do fruto de Abelmoschus esculentus, popularmente conhecido como quiabo, utilizando o modelo murino de carcinoma de Ehrlich ascítico avaliando parâmetros como ganho de peso, circunferência abdominal análise macroscópica por imagens, volume tumoral, quantificação de espécies reativas de oxigênio (EROs), angiogênese, tempo de sobrevida e possíveis efeitos sistêmicos (CEUA 20/2019). Os resultados demonstraram que o tratamento com o extrato aquoso do quiabo, nas doses de 25 mg/Kg e 100 mg/Kg, atenuaram significativamente o crescimento tumoral, que é evidenciado pela diminuição do volume ascítico, circunferência abdominal e ganho de peso associados ao tumor. Imagens fotográficas e de raio-X confirmaram a redução do volume tumoral, com diminuição da área ocupada pela ascite. Uma análise macroscópica das imagens indicou que os animais tratados com o extrato apresentaram menor distensão abdominal em comparação aos animais do grupo controle tumoral, o que reflete na diminuição da ascite, um marcador de crescimento tumoral neste modelo experimental. A contagem celular no líquido ascítico mostrou redução das células tumorais, sem afetar o quantitativo de leucócitos, com destaque para o efeito citotóxico específico sobre as células cancerígenas. Além disso, o tratamento com o extrato aumentou os níveis de EROs, sugerindo uma modulação do estresse oxidativo no microambiente tumoral, o que pode contribuir para a indução de morte celular por apoptose, um importante mecanismo anticâncer. A análise da angiogênese revelou uma redução significativa na área vascular abdominal dos animais tratados, indicando que o extrato pode inibir a formação de novos vasos sanguíneos necessários para o crescimento do tumor. A sobrevida de animais tratados com o extrato aumentou significativamente, com um incremento na expectativa de vida de até 34,21 % e 55,26 % nas doses de 25 e 100 mg/Kg, respectivamente. Além disso, não foram observadas alterações macroscópicas ou microestruturais nos órgãos avaliados dos animais tratados, sugerindo a ausência de toxicidade sistêmica e a preservação dos principais órgãos linfoides nas condições deste estudo. Esses resultados evidenciam o potencial terapêutico do extrato aquoso do fruto de Abelmoschus esculentus como um agente anticâncer, destacando a sua eficácia na redução do crescimento tumoral, na indução de morte celular, na prevenção da angiogênese e no aumento da sobrevida, com baixo risco de efeitos adversos. No entanto, são necessários estudos adicionais para esclarecer os mecanismos celulares e moleculares subjacentes aos efeitos observados, de modo a aprofundar o entendimento sobre a ação antitumoral do extrato.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1345072 - JAMYLLE NUNES DE SOUZA FERRO
Interno(a) - 1298235 - EMILIANO DE OLIVEIRA BARRETO
Externo(a) ao Programa - 2361727 - CARLOS ALBERTO DE CARVALHO FRAGA - UFAL
Notícia cadastrada em: 21/02/2025 07:03
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