FUNGOS FILAMENTOSOS E SEUS METABÓLITOS: INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL DE INIBIÇÃO DE CORROSÃO
Corrosão, Inibidores de Corrosão, Fungos Filamentosos
A corrosão de estruturas metálicas é um grave problema econômico que atinge todo o planeta. Estima-se que no Brasil, o valor gasto com danos a corrosão, seja para repor estruturas comprometidas pela corrosão, restaurar peças danificadas ou mesmo em acidentes ocasionados devido a corrosão de estruturas metálicas alcancem em média 4% do PIB nacional. Sendo dessa forma extremamente danoso ao erário público. Além disso, não apenas o setor público, mas também o setor privado sofre grandes prejuízos decorrentes a esse fenômeno natural. Entende-se por corrosão como o processo reverso a metalurgia, onde nesse fenômeno, estruturas metálicas são novamente convertidas a minérios, que para o caso do ferro, um dos metais que mais sofrem corrosão no mundo, reage com o oxigênio presente no ar para formar óxidos de ferro de nox variados. Já foi observado em trabalhos anteriores que alguns fungos filamentosos possuem a capacidade de inibir parcialmente ou totalmente a corrosão de estruturas metálicas, dessa maneira, abre-se um leque de oportunidades para a descoberta de novas formulações para um novo tipo natural de inibidor de corrosão à base de extratos fúngicos, até o momento inédito na literatura, que pode futuramente substituir os inibidores a base de metais pesados, que são extremamente danosos ao meio ambiente. Neste trabalho, é estudado o potencial de corrosão de amostras de aço carbono CA-50 em ambiente de hidróxido de cálcio contendo íons cloretos na presença de dois tipos de fungos filamentosos: fusarium solani, e o penicillium oxalicum. Inicialmente foram obtidas as cepas CCT2876 e CCT4815 dos fungos fusarium solani, e penicillium oxalicum respectivamente, ambas por reativação através de compra pela Fundação André Tosello. Os fungos então foram repicados em meio batata-dextrose-ágar para manutenção de cultura, e após 30 dias de crescimento, foram recultivados em meio batata-dextrose. Após 60 dias de cultivo sem agitação sob a temperatura de 26ºC na ausência de luz, o biomaterial obtido foi separado por filtração à vácuo, sendo a parte sólida retirada a umidade através de dessecador por quatro dias. O filtrado líquido da cultura dos dois fungos foi então submetido a testes de PCA e curvas de extrapolação de Tafel, a fim de mensurar seu potencial inibidor.