Estudo da eletro-oxidação do cloridrato de tetraciclina utilizando ânodo dimensionalmente estável comercial (ADE®)
Eletro-oxidação; Tetraciclina; Ânodos dimensionalmente estáveis; Processos Oxidativos Avançados; Poluentes emergentes
Este trabalho investigou a degradação do cloridrato de tetraciclina (TCH), um fármaco antibiótico com persistência no meio ambiente, classificado como um Poluente Emergente, por meio de processos de eletro-oxidação. A presença de fármacos persistentes em matrizes ambientais, resultante do descarte inadequado e da ineficiência dos métodos convencionais de tratamento de esgoto (ETE) e Estações de Tratamento de Água (ETA), exige o desenvolvimento de novas técnicas, como os Processos Oxidativos Avançados (POAs). O estudo teve como objetivo analisar a influência da concentração do eletrólito suporte NaCl nas concentrações de 0.1, 0.5 e 1.0 mol L-1 mantendo-se uma densidade de corrente fixa em 100 mA cm-2. Utilizou-se um eletrodo comercial dimensionalmente estável (ADE®) (composição nominal: Ti/Ru0.3Ti0.7O2) em uma célula eletroquímica de três compartimentos. A metodologia incluiu a caracterização eletroquímica dos eletrodos por voltametria cíclica e a avaliação da degradação por técnica de espectofometria UV-Vis para a cinética de degradação da tetraciclina e a formação de subprodutos ao longo de 720 min. Os resultados da eletro-oxidação indicaram que o eletrólito NaCl na concentração de 0.1 mol L-1 proporcionou a melhor degradação da tetraciclina, com a degradação ocorrendo nos primeiros 3,5 min sob a corrente fixa de 100 mA cm-2. Dessa forma, esta técnica se apresenta como uma alternativa viável e eficiente para a degradação de poluentes emergentes em sistemas aquáticos. Os dados obtidos reforçam o potencial de aplicação de tecnologias baseadas em ADE® no tratamento de efluentes, o que representa um aporte significativo para a redução dos efeitos nocivos causados ao meio ambiente por esses resíduos farmacêuticos.