A Educação Integral em Sexualidade na formação em psicologia - análise de documentos de domínio público.
Formação em psicologia, educação integral em sexualidade, direitos humanos
Este projeto de pesquisa convida à reflexão sobre o processo de formação em psicologia no que tange à diversidade sexual humana e direitos humanos, tendo a educação integral em sexualidade uma ferramenta importante para os cuidados de si antes de tornar-se profissional em psicologia e, posteriormente, em sua atuação enquanto profissional. Visa compreender as dificuldades, preconceitos, conhecimentos sobre sexualidade e, principalmente, os reflexos em nossa cultura familiar que podem influenciar no cotidiano pessoal e no fazer profissional. Segundo as Orientações Técnicas de Educação em Sexualidade para o Cenário Brasileiro (UNESCO, 2013), a Educação Integral em Sexualidade (EIS) pode ser compreendida como qualquer experiência em sociedade vivida por um sujeito durante a vida, que permita a ele se posicionar na esfera social da sexualidade. A Educação Integral em Sexualidade está presente em todos os espaços de socialização – família, escola, igreja, pares, trabalho, mídia, mas ocorre de forma pulverizada, fragmentada e dissociada de um plano de sociedade inclusiva baseada nos direitos humanos. A educação sexual ou educação em sexualidade passou a ser chamada de Educação Integral em Sexualidade - EIS pela UNESCO, por compreender que esta educação está para além de falar “somente” sobre práticas sexuais protegidas ou IST’s. O objetivo desta pesquisa é identificar como estão as relações entre a Educação Integral em Sexualidade (EIS) e a formação em psicologia junto aos atos oficiais do Conselho Federal de Psicologia. Como objetivos específicos: a) analisar marcos importantes da educação sexual no cenário político brasileiro; b) mapear produções acadêmicas na psicologia sobre educação integral em sexualidade; c) dialogar sobre as contribuições da psicologia no fortalecimento da educação integral em sexualidade. Para esta produção, irei utilizar como metodologia o diário de campo, a análise de documentos de domínio público e contribuições importantes a partir da minha experiência enquanto psicóloga educadora sexual.