Menino Maury: o audio visual Tingui-Botó e o cinema de guerrilha.
Povos indíegenas; Cinema; Resistência; Psicologia Social.
O presente estudo busca realizar o resgate do cinema indígena Tingui-Botó em Alagoas, apresentando a importância do audiovisual como ferramenta de resistência indígena. Para isso debruça-se sobre o Cinema de Guerrilha, definido pela ação política do cinema indígena, feito por indígenas da comunidade que cuidam do território, sabem acender fogueiras, fumar chandúca, pescar, dançar e cantar; trazendo a consistência autorizada de levar em loco a vontade de ser espelhada na unidade coletiva. O percurso do trabalho vai trilhar a história de retomada do cinema Tingui-Botó a partir do Coletivo Tingui Filmes, narrando percurso do coletivo e fazendo uma curadoria historiográfica de sua produção ao longo destes anos. Após esta trilha de retomadas e espelhamentos das lentes Tingui sobre seu povo, o trabalho busca desenvolver uma produção audiovisual que fale da vida dos jovens indígenas e seus embates na formação de sua identidade étnica, com curta-metragem Menino Mauyri, que trata do desafio de aceitar a própria identidade em meio à pressão de aceitação pela sociedade, com uma equipe majoritariamente indígena.