O RAP COMO INSTRUMENTO AUXILIAR NA COMPREENSÃO LEITORA E NO DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA CRÍTICA ENTRE ALUNOS DE NONO ANO DE UMA ESCOLA PÚBLICA
leitura escolar,compreensão leitora, análise textual, gênero musical rap, cultura musical brasileira.
O Rap, gênero musical marginalizado, e muito apreciados por adolescentes e jovens, ganhou espaço na periferia das grandes cidades, pois se trata de um discurso de resistência das classes menos abastadas financeiramente e de minorias sociais. Sendo esse um estilo musical em que prevalece um discurso de insatisfação e de superação, os alunos, que são provenientes da periferia, costumam se identificar com as letras de Rap. Dessa forma, eles encontram significação nesses textos. Este trabalho justifica-se, portanto, pela necessidade e pela importância da leitura e interpretação textual, não só no contexto acadêmico ou escolar, mas, principalmente, para a formação do indivíduo cidadão capaz de perceber, compreender e criticar o mundo à sua volta. Diante disso, a pesquisa-ação aqui apresentada pretende propiciar uma experiência de intervenção didática nas aulas de Língua Portuguesa com alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental de uma escola pública de Maceió, com o objetivo de incrementar o desenvolvimento da competência leitora dos estudantes por meio de letras de música do gênero Rap, conhecido também como manifestação da palavra cantada, utilizando-se atividades de compreensão leitora e interpretação textual, como testes de múltipla escolha, apreciação de videoclips, além de debates e rodas de conversa. Quanto ao aspectos metodológicos, utilizar-se-ão, também, questionários quantitativos e qualitativos, fazendo-se uso do processo de observação participante para análise dos dados obtidos que venham comprovar a eficácia da metodologia proposta. A fundamentação teórica abrangerá o estudo do gênero em questão, sua história, evolução e repercussão no atual cenário da cultura musical brasileira, com base em autores tais como ANDRADE (2000), LOUREIRO (2016), SOUZA (2011), (BAUMAN, 2001); quanto às teorias cognitivas de leitura e compreensão textual e de prática de análise de textos (SILVEIRA, 2015; ANTUNES, 2013).