“EITA, AGORA EU QUERO UM FUNGO”: sequência de ensino investigativo com estudantes do ensino médio em Alagoas, Brasil
fungos decompositores, sequência de ensino investigativo, jogos educativos.
O presente trabalho EITA, AGORA EU QUERO UM FUNGO”: experiências investigativas com estudantes do ensino médio em Alagoas, Brasil, trata o potencial do ensino investigativo como metodologia para o ensino de biologia, com foco nos fungos decompositores, assim como os desafios e as experiências vivenciadas durante práticas de ensino investigativo com uma turma de estudantes da 2a série do Ensino Médio numa escola pública da rede estadual, na cidade de Maceió/AL. Foi desenvolvido o jogo Questfunga: aprendendo sobre os fungos de maneira lúdica, para ser aplicado dentro de uma Sequência de Ensino Investigativo, na perspectiva de Carvalho, Sasseron e Scarpa, cuja finalidade é o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem de forma lúdica, oportunizando o desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais. sobre os fungos
decompositores e a sua relação com o apodrecimento dos alimentos presentes no cotidiano dos/das estudantes. A priori, foi considerado quais ações manipulativas seriam mais eficientes para que os estudantes conseguissem transpor para ações intelectuais capazes de, a partir dos seus conhecimentos prévios, reequilibrar a construção de novos conhecimentos acerca dos fungos, deduzindo-se, hipoteticamente, que os/as estudantes muitas vezes os associam ao apodrecimento de frutas e alimentos de origem variadas, ao ataque de todos os tipos de objetos e estruturas e a doenças. Algumas perguntas problematizadoras foram jogadas numa tempestade de ideias: o que aconteceria com o planeta sem os fungos decompositores que estragam a comida? O processo de decomposição pode ocorrer sem eles? e a partir dos conhecimentos prévios as atividades direcionaram à reflexão e ao levantamento de hipóteses sobre a importância desses seres fantásticos que são indispensáveis para o equilíbrio dos ecossistemas. É preciso conhecer para proteger, para valorizar e compreender que a existência dos fungos é tão importante quanto a de todos os seres vivos. E que a sua extinção coloca em risco o equilíbrio do planeta. A metodologia do trabalho adotou a técnica de Análise de Conteúdo em Bardin, permitindo uma compreensão das percepções dos alunos sobre o tema, perceptível nos resultados, que indicam que o uso do ensino investigativo, aliado a jogos pedagógicos, favorece o engajamento dos/as estudantes e contribui para uma melhor compreensão do papel dos fungos decompositores nos ecossistemas. Esse trabalho, portanto, reforça a relevância de integrar o ensino investigativo com recursos lúdicos, como jogos e experiências investigativas, oferecendo caminhos para o desenvolvimento de estratégias pedagógicas inovadoras na construção de conhecimentos para a quebra de estereótipos acerca do reino Fungi.