AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO PEC EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO ALAGOANO: um estudo transversal
Sistemas de Informação em Saúde. Registros Eletrônicos de Saúde. Serviços de Saúde. Equipe de Assistência ao Paciente.
O presente estudo busca avaliar a implantação do PEC na UBS Manoel Lins Calheiros, no município de Messias/AL. Nessa perspectiva, entende-se que alguns fatores podem interfer na implantação do PEC, no que diz respeito à estruturação da unidade, para a correta utilização do sistema pelos profissionais nos serviços da UBS, gerando ruídos na informatização, qualificação e unificação das informações nas unidades de saúde, oportunizando planejamento, monitoramento e avaliação mais completa dos dados registrados. A partir da teoria, foi desenvolvido um estudo transversal, de abordagem mista e com delineamento exploratório e descritivo, no universo da Unidade Básica de Saúde Manoel Lins Calheiros do município de Messias, no estado de Alagoas, com a intenção de observar a infraestrutura dos setores em que o PEC está implantado e coletar dados referentes aos fatores que interferem nessa implantação. Por conseguinte e sem a necessidade de tratamento estatístico, dada à conveniência do estudo, as evidências, além de visualizadas em tabelas, foram analisadas com base no Manual de Implantação do e-SUS do Ministério da Saúde, assim como nas Diretrizes Nacionais de Implantação da Estratégia e-SUS Atenção Básicas (componente infraestrutura), por meio de análise descritiva, em levantou as seguintes categorias, a saber: a) Individualização dos dados; b) Integração com os sistemas de informação; c) Eliminação do retrabalho no registro dos dados; e, d) Produção da informação. Por isso, gerou um artigo para publicação das evidências e uma proposta de intervenção para alinhar o que as diretrizes nacionais idealizam como cenário ideal para o PEC e trazer melhorias ao serviço. Os resultados mostraram que a implantação do PEC na UBS pesquisada é insatisfatória, visto que existem fatores referentes à infraestrutura que interferem diretamente na adequada instalação do sistema, tais como os equipamentos eletrônicos e a rede de energia elétrica ali presentes. Conclui-se que apesar da tecnologia tão presente no cotidiano das pessoas, o que inclui os processos de trabalho na saúde, fatores verificados no cenário em que o PEC está implantado, como a quantidade insuficiente de equipamentos, com canais de comunicação virtual precários e rede elétrica deficitária e ultrapassada, pode configurar desafios importantes que interferem na utilização adequada do sistema por parte dos profissionais de saúde da APS, causando transtornos no registro das informações desenvolvidas nas atividades da assistência à saúde e, por consequência, desqualificar o padrão de alimentação do PEC. Ainda, verifica-se que nas diretrizes averiguadas, o componente qualificação dos profissionais tem igual relevância à infraestrutura na utilização adequada do programa. Contudo, sem uma infraestrutura adequada, não há como os profissionais desempenharem corretamente o seu papel na utilização do sistema, sendo preciso qualificá-los para essas adversidades alheias ao seu conhecimento, o que torna relevante a proposta de intervenção sugerida.