Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCAS SANTOS MARINHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUCAS SANTOS MARINHO
DATA : 07/07/2025
HORA: 10:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO:

Deleuze e a subjetividade filosófica enquanto efeito do movimento de criação conceitual


PALAVRAS-CHAVES:

Deleuze. Hume. Empirismo. Subjetividade. Conceito.


PÁGINAS: 116
RESUMO:

Nosso trabalho busca compreender as condições de constituição da subjetividade filosófica a partir da criação conceitual, tomando como eixos interpretativos o pensamento de Gilles Deleuze e a filosofia empirista de David Hume. A partir disso, nossa análise parte da tese central de que, em Deleuze, a subjetividade não é um dado estável ou uma substância interior estática, mas um efeito intensivo e movente que emerge em meio a processos pré-subjetivos e impessoais. A subjetividade, nesse sentido, resulta de forças de diferenciação que se atualizam na atividade conceitual, sendo mais um processo do que uma estrutura determinada. Nesse sentido, o primeiro capítulo de nossa dissertação busca revisitar criticamente o Tratado da Natureza Humana, destacando a forma como Hume articulou os conteúdos mentais (impressões e ideias), a crença como efeito do hábito, os princípios de associação e a fragilidade de nosso saber empírico. Daí, procuramos identificar em Hume uma certa antecipação do modelo de subjetividade não substancial, construída a partir de operações relacionais e efeitos de repetição, memória e imaginação. A partir disso, em nosso segundo capítulo, buscamos destacar como Deleuze, especialmente em Empirismo e Subjetividade (1953), transforma essa leitura em um ponto de partida para sua própria filosofia da diferença. Em vez de considerar o empirismo como oposição ao pensamento conceitual, Deleuze propõe um empirismo transcendental no qual o conceito emerge como resposta a encontros singulares com o real. Nessa perspectiva, ponderamos a formação da subjetividade no entrelaçamento entre empiria e criação conceitual, e expusemos que a subjetividade deleuziana se dá no cruzamento entre crença e invenção e em uma lógica intensiva de produção, que pode nos oferecer uma renovação crítica a partir da noção de subjetividade como processo aberto, múltiplo e sempre em devir.


MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) à Instituição - Alex Fabiano Correia Jardim
Presidente - 1823351 - FERNANDO MEIRELES MONEGALHA HENRIQUES
Interno(a) - 1246984 - SACHA ZILBER KONTIC
Notícia cadastrada em: 30/06/2025 20:08
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