FILOSOFIA PEDAGÓGICA DA LIBERTAÇÃO: POR UM ENSINO DE FILOSOFIA DECOLONIAL À LUZ DE FREIRE E DUSSEL
Ensino de Filosofia. Paulo Freire. Enrique Dussel. Decolonialidade.
Filosofia Pedagógica da Libertação.
A Filosofia Pedagógica da Libertação (FPL) propõe e justifica uma prática de ensino de filosofia voltada aos oprimidos, aos outros e outras, aos excluídos - ao sujeito negado em sua capacidade de transformar a realidade. Nesse sentido, esta pesquisa busca sugerir uma alternativa para o ensino de filosofia, que seja fundamentada no diálogo e na construção coletiva do conhecimento, levando em consideração a realidade concreta dos alunos, muitas vezes marcada pela exclusão. O problema central desta dissertação pode ser assim formulado: É possível desenvolver um modelo didático de ensino de filosofia, fundamentado na perspectiva decolonial, que funcione como prática de liberdade em uma realidade excludente? O objetivo geral é propor uma pedagogia filosófica decolonial para o ensino de filosofia, baseada nas contribuições de Paulo Freire e Enrique Dussel, com foco na prática emancipatória em sala de aula. A metodologia adotada é filosófica, com abordagem crítica, interdisciplinar e dialógica, integrando as obras de Freire e Dussel à luz do pensamento decolonial. O trabalho se divide em três momentos: (1) a filosofia da pedagogia do oprimido em Paulo Freire – análise da educação dialógica e da crítica à educação bancária; (2) a pedagógica latino-americana em Enrique Dussel – exploração da filosofia da libertação e sua aplicação na educação; e (3) a filosofia pedagógica da libertação – uma proposta decolonial para o ensino de filosofia, integrando os conceitos de Freire e Dussel para repensar o ensino
como prática emancipatória.