Possibilidades Didático-Pedagógicas para o Ensino do Xadrez na Educação Física: uma experiência com a sala de aula invertida no agreste pernambucano
Sala de aula invertida; Processo de Ensino-Aprendizagem do Xadrez; Educação Física Escolar.
O jogo de xadrez é muito conhecido e praticado mundialmente, inlcusive no âmbito escolar. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo estudar, analisar e fazer reflexões sobre o xadrez nas aulas de Educação Física em uma turma do 6º ano do ensino fundamental da Escola Senador Paulo Guerra do agreste pernambucano. A pesquisa é de natureza qualitativa e utilizou como técnica de análise de conteúdo de Laurence Bardin. O estudo seguiu as etapas de planejamento, autorização ética, organização e aplicação de uma sequência pedagógica composta por 32 aulas inicialmente previstas, sendo reduzidas a 16 devido ao calendário escolar, articuladas ao modelo de sala de aula invertida. Foram mobilizados recursos como o site lichess.org, videoaulas, grupos de WhatsApp, aulas presenciais e remotas, tendo como instrumentos de coleta de dados a entrevista semiestruturada, observação do participante e o diário de campo do professor pesquisador. A análise de conteúdo foi realizada por meio da leitura exaustiva dos dados, codificação e categorização temática, permitindo reconstruir os sentidos atribuídos pelos estudantes e pelo docente ao processo de ensino do xadrez. Os principais resultados apontaram que a utilização da sala de aula invertida potencializou o interesse e a autonomia dos alunos, favoreceu a aprendizagem dos conceitos e das práticas enxadrísticas, além de contribuir para a socialização e o desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais. O estudo indica que o modelo de sala de aula invertida, articulado a recursos digitais, pode ser uma alternativa viável e inovadora para o ensino do xadrez nas aulas de Educação Física, promovendo a democratização de saberes historicamente marginalizados nesse componente curricular.