PERFIL DA CAPTAÇÃO DE RECURSOS NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS: ORIGEM E DESTINO DAS RECEITAS PRÓPRIAS
Financiamento do ensino superior; Análise Envoltória de Dados; Receitas próprias
O financiamento do ensino superior é um tema bastante discutido ao redor do mundo, principalmente quando se trata de associar ao Estado a obrigação de custear e oferecer educação superior de forma gratuita à população. No Brasil, as universidades federais ainda suportam o modelo de acesso gratuito cujo orçamento é dotado às autarquias pelo Governo Federal, porém, os altos custos da pesquisa, do ensino e da extensão têm trazido ao Estado cada vez maiores dificuldades de provisionamento de recursos suficientes para o custeio dessas instituições, situação que se agrava com a aprovação da emenda constitucional nº 95/2016 que impõe, dentre outras medidas, um teto de gastos para a educação superior. É nesse cenário que as receitas próprias arrecadadas diretamente pelas universidades aparecem como alternativa ao seu custeio, a partir de seu próprio esforço para produzir suas receitas. Nesse contexto, surge a problemática proposta: As universidades federais do nordeste foram eficientes na captação de recursos no período de 2012 a 2021? Para o desenvolvimento da pesquisa foram escolhidas 19 universidades federais que estão instaladas na região nordeste do Brasil por terem características regionais semelhantes. Para o método, foi selecionada a Análise Envoltória de Dados (DEA) como ferramenta para medir a eficiência das universidades e desenvolver um benchmarking entre as unidades da amostra. Após a análise dos dados, o estudo se propõe a desenvolver um modelo de captação de recursos eficiente que possa ser reproduzido em todas as universidades com base nos inputs utilizados pelas unidades mais eficientes.