TRAJETÓRIAS GEOGRÁFICAS DAS USINAS DE AÇÚCAR EM ALAGOAS
A partir de um quadro geral da agroindústria da cana-de-açúcar em Alagoas, procurou-se analisar e compreender as principais mudanças que ocorreram ao longo do século XX e início do século XXI, que incidiram sobre a distribuição geográfica das usinas de açúcar no território alagoano. O exame desse processo aponta inicialmente uma concentração das usinas de açúcar na mesorregião do Leste Alagoano, precisamente na microrregião geográfica da Mata Alagoana, trata-se geograficamente da primeira área de ocupação no território alagoano. Atualmente, observamos uma importante dinâmica territorial ainda em curso no Estado, que é a transferência do eixo produtivo da tradicional região canavieira, para a microrregião de São Miguel dos Campos, sobretudo, em razão do fechamento de usinas. O pressuposto básico é que esse processo de transferência do eixo se inicia por meio de estratégias empresariais e de financiamentos federais em programas de desenvolvimentos da agroindústria da cana-deaçúcar, como IAA, (1933); PLANALSUCAR, (1971); PROALCOOL, (1975), que constituiem-se como fatores determinantes ao novo eixo produtivo do Estado, com as instalações de maquinaria e equipamentos necessários. O desafio do novo eixo produtivo consiste em como contornar a crise provocada pela pandemia covid-19, num cenário econômico nacional que apresenta desde 2014, saldos negativos de emprego por setores de atividades econômicas. Em Alagoas os dados iniciais sobre o impacto da pandemia em 2020, apontam que o setor de comércio e serviços foi o mais impactado, enquanto a agroindústria apresentou maiores vendas de açúcar, resultando em maiores valores de exportação para o Estado, por outro lado, os dados sobre a flutuação do emprego formal em 2020 apresentam saldos negativos para o trabalhador da indústria da cana-de-açúcar.
Alagoas. Mesorregião Geográfica do Leste Alagoano. Dinâmicas territoriais